A arte de presentear
- Marcelo Teixeira
- 14 de jul.
- 3 min de leitura

Todos os anos, por várias vezes, somos convidados a presentear alguém. As múltiplas datas comemorativas nos impelem a comprar algo para dar de presente a alguém que amamos ou por quem temos consideração, ou simplesmente porque fomos convidados para participar de uma celebração. Por isso, lá vamos nós rumo às lojas para comprar um presente de Natal, aniversário e congêneres.
Eu particularmente gosto muito de dar presentes. Talvez porque sempre acerte o gosto da pessoa e talvez porque sei que há presentes que não devem ser dados.
Como assim? Então existem itens que não devemos comprar? Sim! Há presentes que é melhor deixar a pessoa comprar para si do que cairmos na roubada de chegarmos com um “elefante branco” do qual o presenteado terá dificuldade para se livrar. Eu já passei por isso e, garanto, vocês também.
Há uma loja de roupas aqui na minha cidade que só tem coisa de má qualidade, pelo menos para mim. Vou chama-la de TWT. Os tamanhos nunca batem com o convencional de outras marcas, o caimento é ruim, os tecidos idem... Certa vez, num aniversário, ganhei uma camisa de lá. Era a minha primeira experiência com a TWT. Como a peça não serviu, fui trocá-la no dia seguinte. Experimentei alguns modelos. Um pior que o outro. Para completar, a atendente quis me empurrar outras peças. Por exemplo, se eu pegava uma camisa para experimentar, ela jogava uma calça por cima do provador. Total inconveniência. Acabei não trocando a camisa e passei-a adiante. Desafortunadamente, tive outras experiências com a mesma grife. Todas ruins. Por isso, já avisei aos mais chegados que não me deem roupas da TWT. É uma loja da qual prefiro manter distância.
Uma tia minha costuma dizer que, às vezes, a pessoa não tem dinheiro suficiente para comprar um bom presente. Mas como ela gosta da pessoa a ser presenteada, vai numa loja não tão boa assim e compra uma camisa ou uma calça, que, geralmente, são itens mais vistosos, digamos. Só que aí ela acaba botando no colo do presenteado um abacaxi que será árduo de descascar, como a desventura que eu tive na TWT. Por isso, segundo minha tia, é melhor ir numa loja que vende peças de qualidade e comprar, por exemplo, um bom par de meias. Ele será muito melhor recebido do que uma camisa um tanto bagaceira. O mesmo vale para porta-retratos que só servirão para atravancar a estante, itens de cozinha super-coloridos que nada têm a ver com a decoração, bibelôs cafonas que em nada compõem com o ambiente da casa... Já vi isso tudo acontecer, acompanhado pela cara de “O que eu farei com isso?” que o presenteado faz.
Por isso, só dê roupas e itens de decoração de presente se você conhecer muito bem o gosto da pessoa. Se não conhecer, presenteie com algo simpático que você sabe que será usufruído sem estresse. Aí, a lista pode ser variada. Chocolate (caso a pessoa goste), sabonetes (se a pessoa gostar de ganhar esse tipo de item), canetas (caso o presenteado sempre faça uso delas), um livro caso a pessoa gosta de ler e cujo conteúdo seja um assunto que ela aprecia e por aí vai. Toalhas de banho de boa qualidade também são uma boa opção, já que todos fazemos uso delas.
Por fim, falemos sobre flores, muito apreciadas na hora de agradar alguém. Se você recebeu um convite para um jantar e resolveu presentear a anfitriã com flores, mande entregar o buquê na manha do dia do evento, ou seja, não o leve com você. Se ela receber as flores com antecedência, com certeza elas irão adornar a decoração na hora do evento. Em contrapartida, se você chegar na hora com o buquê, ele corre o risco de ir parar dentro de um balde na área de serviço. Afinal, a casa estará toda arrumada e a dona da festa não terá tempo de procurar um belo vaso para depositar o mimo. Afinal, tudo já está arrumado e os convidados estão chegando.
Marcelo Teixeira







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