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  • Da redação

A força dos realitys

Atualizado: 1 de jan.

Entre o Estouro nas Redes Sociais e a Banalização na TV Aberta



Quem imaginaria que os reality shows, aparentemente desgastados, ressurgiriam com força total nas redes sociais? O fenômeno é evidente com o sucesso de "A Fazenda", que domina as discussões nas redes sociais, especialmente no Twitter, onde frequentemente ocupa o primeiro lugar nos assuntos mais comentados. A verdade é clara: os telespectadores estão mais envolvidos com reality shows do que nunca, proporcionando à Rede Record uma poderosa alavanca de audiência.


Os números da última edição de "A Fazenda" são impressionantes, ultrapassando 1,2 bilhão de visualizações de vídeos nas redes sociais oficiais do programa durante sua exibição. O alcance é colossal, com mais de 81 milhões de telespectadores em todo o Brasil, 476 milhões de visualizações no Facebook e mais de 40 milhões de interações no Instagram.


Embora os números de audiência comparados a edições anteriores apresentem queda, é crucial considerar os diversos fatores envolvidos, incluindo mudanças na medição do aplicativo Playplus da Record. Mesmo assim, a emissora manteve liderança em vários momentos, conquistando marcas que, conscientes desse sucesso, investem maciçamente para se beneficiar da visibilidade gerada.


Entretanto, enquanto "A Fazenda" brilha nas redes sociais, a TV aberta encara uma dualidade. Os reality shows, que invadiram a programação, prometiam entretenimento e uma visão da vida real. Contudo, surge o questionamento inevitável: esses programas oferecem algo valioso aos telespectadores ou contribuem para a banalização do entretenimento?


A dinâmica desses programas, repletos de competições exacerbadas e dramas fabricados, muitas vezes prioriza o sensacionalismo em detrimento da qualidade. A autenticidade é sacrificada em um ciclo interminável de superficialidade, onde o conteúdo genuíno é subjugado em troca de audiência fácil.

Exposição excessiva dos participantes levanta questões éticas sobre a privacidade em nome da fama passageira. A linha entre entretenimento e invasão de privacidade parece cada vez mais borrada, exigindo reflexão sobre os limites éticos desses programas autodenominados "reais".


Ao consumir avidamente esse tipo de conteúdo, a audiência contribui para a perpetuação de um modelo que prioriza o espetáculo em detrimento da substância. Surge o dilema: estamos aceitando passivamente a banalização da TV ou é hora de exigir programação que vá além da satisfação momentânea da curiosidade voyeurística?


Em última análise, os reality shows podem ser entretenimento, mas é vital que indústria e público reavaliem seu valor. Estamos nos encaminhando para uma era em que o entretenimento transcende conflitos ensaiados e dramas vazios? A resposta, caro leitor, está em cada escolha que fazemos ao ligar a TV.



Crédito : Divulgação/Record

Crédito: Divulgação/Globo



Crédito: Divulgação/Rede Record

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