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  • Ana Soáres

A resistência e o empoderamento da mulher preta. Uma luta amarga e necessária.

Atualizado: 31 de dez. de 2023




Nos últimos anos, temos testemunhado um movimento de resistência e empoderamento das mulheres pretas no Brasil. Esse movimento, que se fortalece a cada dia, é fundamental para enfrentar o racismo estrutural e o machismo, que oprimem as mulheres pretas desde a época da escravidão.


O feminismo negro surge como uma forma específica de luta, que busca romper com a invisibilidade e as opressões vivenciadas pelas mulheres pretas. Enquanto o feminismo tradicional muitas vezes negligenciou as particularidades do racismo e da violência estrutural enfrentada por essas mulheres, o feminismo negro revisita as interseções entre raça, gênero e classe, construindo um diálogo mais inclusivo e abrangente.


Essa luta é amarga, pois é uma luta contra um sistema que fora construído para silenciar e oprimir as mulheres pretas. É uma luta contra o racismo, que nega a humanidade e a dignidade das mulheres pretas. É uma luta contra o machismo, que objetifica e sexualiza as mulheres pretas.


No entanto, essa luta também é necessária. É necessária para que as mulheres pretas possam ter seus direitos reconhecidos e suas identidades valorizadas. É necessária para que as mulheres pretas possam viver uma vida plena e digna.


Através do ativismo, da produção acadêmica, da literatura e da atuação política, as mulheres pretas têm desafiado os estereótipos e a invisibilidade, empoderando outras mulheres pretas e promovendo mudanças sociais estruturais.


Lideranças como Angela Davis, Djamila Ribeiro e Lélia Gonzalez são exemplos inspiradores da força e do protagonismo das mulheres pretas na luta por seus direitos. Essas mulheres são referências para todas as mulheres, e sua luta é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.


O surgimento e a consolidação do feminismo negro são um marco na luta contra o racismo e o machismo. Esse movimento é fundamental para o empoderamento das mulheres pretas e para a construção de uma sociedade mais justa, onde todas as mulheres tenham suas demandas e identidades reconhecidas.


Ana Soáres

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