Bem-vindo novamente, meu caro leitor ou leitora. Espero que estes textos estejam te dando a mesma sensação de ansiedade, desespero e raiva que eu tenho ao escrevê-los, pois hoje vai ser particularmente doloroso.
Até agora, eu fui apresentando novas verdades que foram perdidas em plena visão, mas o texto de hoje vai ser sobre as verdades que de fato foram ocultadas por mentiras, usando-se de propaganda, lobby, ideologia e espionagem.
Como eu disse no título, o inimigo continua sendo o mesmo. Afinal, eu terminei meu último texto definindo a Segunda Guerra como uma contenção de riscos, um experimento que saiu de controle pelos seus criadores e que o povo teve de cuidar com as próprias mãos.
Enquanto o povo e a União Soviética se livravam da ameaça fascista pelo mundo, os membros do Eixo que ainda possuíam algum neurônio começaram a perceber que a guerra já estava acabada e tentaram fugir. Há extensos documentos de nazistas que tiveram ajuda para fugir da Europa, indo para os Estados Unidos, Inglaterra, Noruega, Argentina, Brasil etc. É daí que vem a brincadeira de que Hitler não se matou, mas se escondeu na Argentina, ou em Santa Catarina, ou até mesmo na parte escura da lua ou numa base do Polo Sul.
Para os nazistas que não puderam fugir na hora, o governo norte-americano se encarregou de salvar uma boa parte, principalmente os cientistas, ou quem você acha que levou o homem à lua.
Werner Von Braun é apenas o mais famoso, sendo um dos criadores do míssil V2, capaz de chegar às maiores altitudes do momento de sua criação. Foi empregado pela Nasa para criar o foguete que levaria o homem à lua. Com isso, podemos dizer que a corrida espacial também foi à URSS contra o partido nazista novamente.
Von Braun também teve representações na mídia, como a história do próprio Von Braun, também como o Dr. Strangelove, cientista nazista trabalhando na Nasa e amante da bomba atômica, ou até mesmo o Doc. de “De volta pro futuro”, que, por sua vez, inspirou “Rick and Morty”, ou seja, nossa mídia está cheia deles como personagens identificadores e “compelling”(atraentes).
Esta foi uma operação que, quando descoberta, se tornou num escândalo, mas não fico surpreso que você não saiba disso hoje. Afinal, esse pessoal é muito bom em cobrir seus rastros. Estou falando do projeto “Paperclip”, um projeto da inteligência norte-americana. Vou ser ousado e apenas dizer que foi a CIA para encontrar e escamotear nazistas em território americano (não vamos nos esquecer de que o Menguele, o Anjo da Morte, morreu no Brasil e na própria piscina).
Mais abaixo explico o interesse dos Estados Unidos pelos nazistas.
Já na Itália, como o país foi invadido, não houve grandes avanços, tornando-se até uma pedra no pé de Hitler. Ela foi apenas deixada no esquecimento, e depois alvo do plano Marshall, para reconstruir a Europa depois da guerra. Foram enviando engenheiros, investimentos e, o mais importante, empréstimos,. Sim, ainda haverá um capítulo apenas para explicar sobre como o dólar detém todo o seu poder escravizante por meio de empréstimos.
Desta forma, os políticos favoráveis ao dólar teriam seus passados ocultados, focando as políticas midiáticas para a cultura italiana, fazendo o mundo se reapaixonar por ela com suas comidas, bebidas, história, contos e atores carismáticos. Enquanto isso, as famílias e políticos permaneciam os mesmos, as ideologias permaneciam as mesmas, os partidos permaneciam os mesmos, mudando-se apenas um nome aqui e ali. Hoje a primeira ministra italiana Giorgia Meloni e seu partido são autodeclarados como fascistas, tendo seguidores que performam ritos de saudação a Mussolini e dizendo que ele nunca foi má pessoa. Não me surpreenderei quando vir uma obra midiática retratando Mussolini como um herói. Vale ressaltar que sua neta, Alessandra Mussolini, faz parte do governo até hoje.
Nada é tão bizarro, no entanto, quanto a estratégia japonesa, com um partido que está no poder há mais ou menos 200 anos. Sim, o mesmo governo responsável pela sua participação da primeira e da segunda guerra é o mesmo que ainda está no poder hoje.
Como eles fizeram isso? Propaganda, lobby e "soft power".
No final da Segunda Guerra, enquanto a União Soviética estava ocupada com a China e com a Coréia, os Estados Unidos se precipitaram para o Japão e lá estão até hoje, impedindo-o de se remilitarizar. Dizer, contudo, que os EUA estão lá apenas desde o fim da Guerra é injusto, pois foram eles que, 100 anos antes, forçaram suas partes a se abrirem com navios blindados de guerra. Sua influência, por isso, nunca parou.
O Japão passou de um povo pequeno e exótico para ser considerado igual aos países colonizadores para, novamente, um pária internacional e novamente para um país amado por todos. O problema é que quem manda no Japão não realmente mudou desde a reabertura. Ele ainda é um país imperialista sob mando do imperador. Ele apenas não possui um exército próprio, e por uma boa razão.
Após o julgamento de Nuremberg, foi decidido o destino de todos os maiores envolvidos pela Segunda Guerra por parte do Eixo. Afinal, quem vence é que conta a história, e esta parece estar bem escondida nos anais, pois uma boa parte de nazistas e imperialistas japoneses foi não apenas perdoada, como recolocada em cargos políticos e de poder.
O Japão foi responsável pelo genocídio do próprio povo castrando à força pessoas com deficiências. É também uma cultura extremamente sexista, e aqui nem cabe a palavra machista, pois a divisão entre os dois sexos é idêntica, com proibições por ambos os lados, assim como por uma mentalidade de raça superior e xenofóbica, com racismo estruturado contra imigrantes pelo fato de sua população estar diminuindo à vista e uma cultura trabalhista que beirava à insanidade 40 anos atrás.
Vou usar os Hikikomori como exemplo da insanidade atual japonesa. Há 40 anos, começou uma nova tendência. Pessoas que não conseguiam se encaixar na sociedade, em suas pressões sociais e trabalhistas, resolveram se tornar eremitas urbanos, trancafiados em suas casas e, em sua boa parte, financiados pelos pais. Hoje, esses pais estão morrendo de velhice, e estima-se que, até 2040, essas pessoas começam a inundar o mercado ou os necrotérios do Japão, pois não terão mais seus financiamentos em dia.
Como eu disse, o Japão esconde tudo isso com muito sigilo. Você precisa visitar e prestar atenção aos arredores para perceber os fatores culturais e sociais. Precisa também estudar a fundo a história e a política para penetrar a camada de publicidades, comerciais, animes e vídeo games escondendo toda essa lamaceira. É exatamente com esses meios que o Japão conseguiu não apenas maquiar sua cara de imperialista para uma menina-gato, como está mudando suas relações diplomáticas., a forma como as pessoas pensam sobre seu país e cultura e reaquecer o discurso da remilitarização japonesa. Percebam que grande parte do que você vê hoje sobre o Japão tem uma grande chance que esteja sendo financiado pelo governo, mesmo com prejuízo.
E agora chegamos à parte final e mais assustadora: o projeto “Paperclip”.
A razão chega a ser insultante de tão simples. Como eu disse, o fascismo e o nazismo foram experimentos financiados por grandes corporações da época, muito interessadas em saber como esse novo sistema escravizatório funcionaria para escravizar a própria população sem que ela não apenas percebesse, mas ao mesmo tempo a defendesse. Um sistema que, depois de várias modificações, se tornou no que hoje chamamos de neoliberalismo.
Como os nazistas e os fascistas foram os primeiros a descobrir como criar tal ideologia usando propaganda e lobby, chega a ser óbvio pensar que os responsáveis pela sua criação, mas que não fossem famosos, seriam salvos e escondidos para análise. Isso não contando com o fato de que grandes corporações norte-americanas também vestiam a bandeira nazista, como o “lendário” Henry Ford, cuja foto encornada foi encontrada no gabinete de Hitler, junto com cartas de amizade entre os dois e entrevistas dele elogiando Ford.
Resumindo, hoje nós temos os descendentes dos fascistas e nazistas espalhados pelos congressos do mundo, tomando decisões, em nossas mídias, fazendo lavagem cerebral da população... Ou você nunca achou estranho como filmes norte-americanos são sempre tão xenofóbicos e cheios de explosão e patriotismo? E escondidos em nossas igrejas, promovendo o novo estado cristão mundial, tirando direitos e nos fazendo acreditar que isso é coisa boa?
O inimigo nunca mudou, sempre foi o mesmo. Ele apenas aprendeu a se esconder melhor e negar nossas iniciativas.
É com essa sensação de ansiedade, desespero e raiva que preciso deixar vocês. Mas não temam; voltarei com o próximo capítulo sobre a guerra da Coreia, até para mostrar que há uma luz no fim do túnel, mas os portões estão se fechando rapidamente. Portanto, use essa sensação que acabei de lhe dar e, no lugar de desesperança e depressão, cresça um par de asas, organize-se, encontre o partido revolucionário mais próximo e comece a lutar pela sua liberdade, seus direitos e o mais importante, pela sua vida. Esse pessoal cresce mais forte a cada dia e não se importa com você e nem com o planeta.
Organize-se e lute. Os bons tempos - que nunca realmente existiram, pois foram uma mentira posta em tua cabeça - acabaram. Lute ou pereça. Infelizmente, essa é a única opção que nos sobrou.
Até o próximo capítulo.
Alan Falciani
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