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Bicicletada por Julieta em 140 cidades: a MAIOR do país

Ana Soáres

Manifestação Solidária no Brasil e no exterior em Homenagem à Julieta, Artista, bonequeira e Ciclista



Somos todas Julieta - créditos: Ange Lá

Amanhã, dia 12 de janeiro, grupos de ciclistas e artistas de diversas áreas se unirão em um movimento intitulado "Bicicletada por Julieta". Esta iniciativa é um gesto de solidariedade à família e aos amigos da artista Julieta, vítima de uma perda precoce e brutal. O evento não apenas expressará luto, mas celebrará a vida de Julieta, que utilizava a bicicleta como meio cotidiano de expressão artística e deslocamento.


Julieta, conhecida por sua simplicidade, calmaria e gentileza, percorreu o Brasil de norte a nordeste desde 2019, compartilhando amor e acolhimento por onde passava. Sua partida, marcada pela violência, especialmente impactou mulheres em todo o país, destacando a triste realidade do feminicídio que afeta vidas diariamente.


A tragédia de Julieta ressalta a necessidade urgente de combater a violência contra corpos femininos e LGBT+. A sociedade não pode tolerar a normalização desses atos cruéis, exigindo o fim da cultura que perpetua tais agressões. O lema "Nenhuma a Menos" ecoa nas mentes de todos, reivindicando o direito soberano de todas as pessoas, especialmente corpos vulneráveis e dissidentes, viverem em liberdade, dignidade e paz.


Julieta, corajosa em sua autenticidade, nunca esteve sozinha em sua jornada. A "Bicicletada por Julieta" é uma manifestação de apoio que visa germinar alegria, força e vida nos corações conectados em rede, demonstrando solidariedade e repúdio à violência. Este movimento, permeado por palhaçadas e pedaladas, pretende chamar a atenção para a necessidade de mudanças sociais e justiça.


Veja aqui a lista de cidades mobilizadas.




Biografia Julieta Hernández:


Julieta Hernández tinha 38 anos, era venezuelana, palhaça, cicloviajante e bonequeira. Em sua terra natal, formou-se em veterinária, fez estudos na área do teatro e veio ao Brasil para estudar Teatro do Oprimido. Aqui, seguiu firme em suas pesquisas e experimentações artísticas, vivenciando cada vez mais a palhaçaria. Vivia no Brasil desde 2015 e em 2019 começou a viajar de bicicleta, se apresentando como palhaça Miss Jujuba por cidades de mais de 9 estados brasileiros, percorrendo a região Norte e Nordeste do país, num caminho que a levava de volta a seu país de origem. Nestas andanças, com seu Cuatro Venezuelano e muitos sonhos na bagagem, esteve em diversas pequenas comunidades pelos interiores do Brasil, participou de encontros e festivais autogestionados e compartilhava seus saberes de maneira voluntária por onde passava. Mesmo em projeto solo, participou de iniciativas coletivas como. Red de Payasas Venezolanas e os Palhaços Sem Fronteiras, no Brasil. Foi, e sempre será, considerada uma das maiores referências de artista nômade e migrante da América Latina.

 

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