Claudya é aplaudida de pé no DOLORES Club lotado em show que marcou a sua volta à sua cidade natal, o Rio de Janeiro.
Na última quinta-feira, dia 11 de julho, a cantora Claudya fez, finalmente, sua volta triunfal aos palcos cariocas depois de mais de 10 anos ausente.
O Dolores Club, anexo ao Rio Scenarium, no Centro do RJ, estava lotado de amigos e fãs que aguardavam ansiosos pelo retorno da diva aos palcos.
Antes disso, o cantor Wladimir Cabanas abriu o show principal, interpretando medleys dos principais sucessos daqueles que ele considera os 3 maiores cantores do país, Altemar Dutra, Agnaldo Timóteo e Cauby Peixoto, acompanhado pelo pianista Moisés Pedrosa que já acompanhou Timóteo & Cauby e tantas outras estrelas da MPB.
Mas a noite era dela. Claudya subiu ao palco acompanhada dos músicos Alexandre Vianna (pianista) e o guitarrista Thiago Pimentel e iniciou o show com “Chega de Saudade” (de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes).
Elogiada pelo exigente crítico musical do Mauro Ferreira, que escreveu:
“Aos 76 anos, festejados em 10 de maio, Claudya se confirmou afinada e com apurado senso rítmico, evidenciado sobretudo quando a intérprete caiu com desenvoltura no suingue do samba-rock ‘Só que deram zero pro Bedeu’ (Luís Vagner, 1973), do ‘Samba de uma nota só’ (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959) e de ‘Tim dom dom’ (João Mello e Codó, 1963)... “No todo, Claudya fez bom show, elegante, com repertório irretocável, ainda que determinadas músicas tenham se afinado mais com a voz maturada da cantora do que outras.”
Neste show a cantora relembrou seu LP de 1973, relançado recentemente e homenageou o músico brasileiro Sergio Mendes.
Renato Corrêa esteve na plateia e foi reverenciado por ela, fora produtor musical de seus 3 álbuns lançados pelo selo Odeon (hoje Universal Music):
“O RENATO CORRÊA que é um dos Golden Boys, foi meu querido produtor de discos durante os 3 anos que gravei na Odeon. Foi o produtor dos discos ‘Jesus Cristo’, ‘Você Claudya Você’ e o disco relançado e relembrado hoje, ‘Deixa eu Dizer’. Se não fosse por ele, eu certamente não estaria aqui hoje. Essa canção do Ivan Lins que dá nome a este show e ao disco de 73 me foi apresentada por ele. Muito obrigado Renato Corrêa. Fiquei muito feliz em reencontrá-lo aqui hoje.”
Quem também foi aplaudir a Claudya foi a grande cantora Watusi “que viveu muitos anos na França, trabalhando no Molin Rouge de Paris. Uma brasileira linda que fez muito sucesso no exterior que amei reencontrá-la”.
O sucesso foi tão grande que Claudya, já recebeu convites para voltar ao RJ, além de apresentar o show no Blue Note de SP e também em outras capitais do país, como Vitória (ES), Brasília, Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).
Coluna NA BOA
João Luiz Azevedo
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