Especial Carnaval 2025 - Por Manu Cárvalho

Ah, o Cordão do Bola Preta… Esse é o bloco que dispensa apresentações, mas vamos lá: se você não conhece, é hora de se atualizar! Fundado em 1918 (isso mesmo, 1918!), o Bola Preta é o rei do carnaval de rua carioca. Sem frescura, sem firula, é bloco para quem quer sambar e não precisa de desculpa. E quando falamos em alegria, estamos falando da cultura popular em sua forma mais pura e mais democrática. Aqui, não tem essa de VIP, de status ou de exclusividade: no Bola Preta, o que importa é a energia, a alegria e, claro, a vontade de fazer a festa até o amanhecer!
Agora, se você ainda está com aquela cara de quem não entendeu muito bem, vou te explicar: o Cordão do Bola Preta é como se fosse aquele amigo do peito que, quando aparece, já chega balançando a galera, transformando a rua num palco de sorrisos, confetes e serpentinas. Não tem hora pra começar e muito menos pra terminar. E a melhor parte: todo mundo é bem-vindo. É o bloco mais inclusivo que você vai encontrar no Rio de Janeiro, e quer saber? Isso é um dos motivos pelos quais ele é um dos maiores símbolos de resistência da cidade.

Tá, você deve estar se perguntando: “Mas o que faz o Bola Preta ser tão especial?” Primeiro, a energia! Não é um bloco de carnaval qualquer, é O bloco, onde a mágica acontece. O pandeiro bate, a cuíca geme, e quem tá ali entra numa espiral de felicidade. E não é só na música não! É no clima de quem não tem medo de ser feliz. Se jogou na festa? Agora não tem volta, é pura conexão com a rua, com a galera, com a tradição. E se você acha que o negócio é só no sambão, pode parar, porque o Bola Preta sabe dançar de tudo: tem frevo, tem marchinha, tem até aquele samba do morro que ninguém esquece.
E outra, o Bola Preta é tipo aquele carnaval de gente de verdade. Não tem frescura, não tem esse lance de “tem que ser estiloso” ou “tem que seguir tendência”. Aqui, o que importa é o flow: todo mundo é igual. Desde o malandro da Zona Norte até o gringo perdido em Ipanema, todo mundo entra na roda e dá o seu recado com um sorriso largo e os pés no chão.

O mais da hora é que o bloco, além de ser cultura pura, tem história pra caramba. Lá atrás, no século passado, o Bola Preta foi um dos primeiros a levantar a bandeira de um carnaval de rua, sem glamour, sem paradas. E até hoje, é a definição de raiz. Não adianta querer bancar o moderninho: o Bola Preta é o bloco onde os antigos sambistas se misturam com os novinhos que estão ali pra dar o sangue no pandeiro. É um carnaval sem frescura e cheio de autenticidade. Ali, é tudo na raça!
Mas, ó, se você acha que o Bola Preta é só carnaval, errou feio. Porque o bloco é energia o ano inteiro. Tem a vibe do pré-carnaval, da farra de rua, e da tradição que nunca morre. O Bola Preta é resistência! Resiste ao tempo, resiste ao glamour, resiste até àquelas modinhas de carnaval. E continua firme, batendo forte no peito e lembrando a todos que o Rio de Janeiro é esse: uma cidade populista, animada, divertida e com aquele espírito de “agora é hora de ser feliz e sambar até cair”!

Então, da próxima vez que você estiver na rua e ouvir aquele barulho característico do Bola Preta, não pense duas vezes. Se joga, e sente a vibe. Porque, meu amigo, minha amiga, quem é do Rio sabe: quando o Cordão do Bola Preta passa, o Rio vira um samba só.
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