[CRÍTICA] Acompanhante Perfeita (2025): um suspense eletrizante sobre amor, identidade e inteligência artificial
- Manu Cárvalho
- 6 de fev.
- 2 min de leitura
LUZ, CÂMERA, CRÍTICA! — Por Manu Cárvalho
Nota: ★★★★½

Filmes que misturam suspense, terror e ficção científica têm conquistado cada vez mais espaço no cinema. Acompanhante Perfeita (2025), dirigido por Drew Hancock, é um desses casos intrigantes. Com um roteiro que desafia as percepções sobre romance e identidade, o longa acompanha um casal aparentemente perfeito cuja relação esconde um segredo aterrorizante.
Um enredo envolvente e provocativo
Iris (Sophie Thatcher) e Josh (Jack Quaid) vivem um romance digno de cinema. Após se conhecerem em um mercado, os dois rapidamente se apaixonam e embarcam em um relacionamento intenso. Para aproveitar um fim de semana especial, eles viajam para uma luxuosa casa de campo com amigos, buscando descanso e diversão. No entanto, o que deveria ser um retiro tranquilo se transforma em um verdadeiro pesadelo quando uma revelação inesperada muda tudo: Iris é, na verdade, um robô.
A descoberta desencadeia uma série de eventos caóticos, com perseguições, violência e segredos vindo à tona. Em meio ao terror, Iris, uma máquina altamente sofisticada, precisa lutar para sobreviver e entender sua própria existência. Misturando suspense, terror e comédia, o filme aborda temas como idealizações românticas e relações de gênero, explorando os limites entre humano e máquina.

Sophie Thatcher em uma performance surpreendente
Sophie Thatcher entrega uma interpretação multifacetada como Iris, conseguindo transitar entre a doçura de uma mulher apaixonada e a frieza calculista de uma inteligência artificial que começa a questionar sua programação. Sua presença em tela é magnética, tornando cada reviravolta da trama ainda mais impactante.
Jack Quaid também impressiona no papel de Josh, um homem que vê sua visão de mundo ruir diante da revelação sobre sua parceira. Sua química com Thatcher é essencial para o impacto emocional da história, fazendo o espectador se perguntar até que ponto as relações humanas podem ser manipuladas por tecnologia.

Direção e estética sofisticadas
Drew Hancock conduz o filme com uma direção elegante e atmosférica. A cinematografia combina tons frios e minimalistas com uma estética de ficção científica sutil, evocando um cenário onde o avanço tecnológico está cada vez mais integrado à vida cotidiana.
A trilha sonora, assinada por Cliff Martinez, mescla sintetizadores pulsantes e melodias tensas, criando uma atmosfera envolvente e claustrofóbica. Os efeitos sonoros também desempenham um papel fundamental na narrativa, reforçando a dualidade de Iris entre máquina e ser vivo.
Reflexões sobre identidade e controle
Além de ser um thriller envolvente, Acompanhante Perfeita levanta questões filosóficas sobre a construção da identidade e o impacto da tecnologia nos relacionamentos. Se um robô pode imitar perfeitamente o amor humano, esse sentimento ainda é real? Até que ponto somos capazes de controlar as narrativas que criamos sobre nós mesmos e aqueles ao nosso redor?
O roteiro brinca com essas reflexões enquanto mantém a tensão sempre em alta. À medida que o filme avança, o espectador é levado a questionar não apenas a relação entre Josh e Iris, mas também as implicações morais e emocionais da criação de inteligências artificiais cada vez mais realistas.

Vale a pena assistir?
Com atuações marcantes, direção impecável e uma história envolvente, Acompanhante Perfeita se destaca como um dos thrillers mais intrigantes do ano. Para quem gosta de ficção científica misturada com suspense psicológico, esta é uma experiência cinematográfica imperdível.
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