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[CRÍTICA] Ameaça no Ar: Um thriller sufocante que transforma o céu em um campo de batalha

LUZ, CÂMERA, CRÍTICA! — Por Manu Cárvalho


Nota: ★★½

Filme Ameaça no Ar
(Foto: reprodução/Paris Filmes)

Filmes de ação e suspense ambientados em aviões sempre exploram a tensão única do espaço confinado, onde a altitude e a impossibilidade de fuga criam um cenário naturalmente claustrofóbico. Ameaça no Ar, estrelado por Mark Wahlberg e dirigido por David Ayer, eleva esse conceito a um novo patamar, misturando ação eletrizante com um thriller psicológico intenso. O longa entrega sequências de tirar o fôlego enquanto explora dilemas morais e a luta contra o tempo em um voo que rapidamente se transforma em um pesadelo.


Um voo condenado desde a decolagem

A história acompanha Jack Reeves (Mark Wahlberg), um ex-agente de segurança aérea que, após um passado conturbado, tenta reconstruir sua vida como piloto comercial. Mas sua tentativa de um novo começo é abruptamente interrompida quando um grupo de sequestradores assume o controle do avião em pleno voo. O que parecia ser um ataque terrorista convencional logo se revela um plano muito mais complexo, forçando Jack a usar todas as suas habilidades para garantir a sobrevivência dos passageiros.


Diferente de muitos thrillers aéreos que seguem uma fórmula previsível, Ameaça no Ar aposta em reviravoltas inesperadas. A trama se desenrola com um ritmo acelerado, sem dar respiro ao público, enquanto Jack precisa tomar decisões impossíveis para impedir que o avião se torne uma arma mortal.


Mark Wahlberg no comando

Mark Wahlberg entrega uma performance intensa e convincente, equilibrando carisma e fisicalidade. Seu personagem não é um herói indestrutível, mas um homem experiente que precisa lidar com a pressão de salvar centenas de vidas enquanto enfrenta seus próprios demônios internos. Diferente dos tradicionais protagonistas de ação, Jack não tem um arsenal de recursos à sua disposição – ele depende de inteligência, improviso e instinto para lidar com a situação.


A presença de Wahlberg adiciona um peso extra à narrativa. Seu histórico em filmes de ação e suspense, como 22 Milhas e O Sobrevivente, contribui para que sua atuação seja crível, sem cair em exageros. Ele transmite a exaustão e o desespero do personagem sem deixar de lado a determinação necessária para enfrentar uma crise em pleno ar.


Filme Ameaça no Ar
(Foto: reprodução/Paris Filmes)

Vilões que desafiam expectativas

O grupo de sequestradores, liderado por um enigmático antagonista interpretado por Pedro Pascal, foge do clichê de terroristas unidimensionais. Cada membro da equipe tem motivações distintas, criando uma dinâmica imprevisível que mantém o espectador em constante alerta. O roteiro constrói tensão ao apresentar pequenas pistas sobre suas intenções, fazendo com que o público tente desvendar suas verdadeiras intenções ao longo do filme.


Pedro Pascal brilha no papel do líder calculista, cuja calma aparente esconde um perigo iminente. Suas interações com Wahlberg geram alguns dos momentos mais eletrizantes do longa, com diálogos carregados de tensão e reviravoltas que desafiam as expectativas.


Ação e suspense em alta altitude

A direção de David Ayer, conhecido por seu trabalho em filmes de ação intensos como Esquadrão Suicida e Marcados para Morrer, traz um estilo cru e realista para Ameaça no Ar. As cenas de luta são coreografadas de forma visceral, explorando o espaço apertado da cabine e os desafios físicos de um combate a 30 mil pés de altura.


A cinematografia também merece destaque. O uso de câmera na mão e enquadramentos fechados aumenta a sensação de confinamento, colocando o público na pele do protagonista. O jogo de luz e sombra dentro do avião reforça o clima de paranoia, onde cada movimento pode significar uma ameaça iminente.


A trilha sonora acompanha o ritmo frenético do filme, com batidas pulsantes que aumentam a tensão nos momentos cruciais. Os sons ambientes, como os alarmes da cabine e os ruídos do avião, são usados de forma eficaz para amplificar a imersão.


Filme Ameaça no Ar
(Foto: reprodução/Paris Filmes)

Comparação com outros thrillers aéreos

Filmes como Non-Stop, estrelado por Liam Neeson, e Força Aérea Um, com Harrison Ford, estabeleceram um padrão para o gênero, onde um único homem deve impedir um desastre em pleno voo. Ameaça no Ar se diferencia ao adicionar camadas psicológicas e um enredo mais elaborado, que evita soluções fáceis.


Diferente de Non-Stop, onde o protagonista já é um especialista em segurança aérea, Jack Reeves começa o filme como alguém tentando fugir de seu passado. Seu desenvolvimento ao longo da história adiciona um elemento humano que falta em muitas produções do gênero, tornando a narrativa mais envolvente.


O peso da tomada de decisões

Um dos aspectos mais intrigantes do filme é como ele explora as decisões morais do protagonista. Jack precisa escolher entre seguir os protocolos de segurança ou tomar atitudes drásticas que podem colocar vidas em risco. Esse dilema aumenta a tensão do filme, pois cada escolha tem consequências imediatas e imprevisíveis.


Além disso, a relação entre Jack e os passageiros é bem construída. Diferente de filmes onde os figurantes servem apenas como pano de fundo, aqui há interações que aprofundam a sensação de perigo. Algumas cenas mostram o pânico crescente entre os passageiros, reforçando a impotência do protagonista diante da ameaça.


Clímax eletrizante e desfecho impactante

O terceiro ato do filme é uma montanha-russa de emoções. Sem entrar em spoilers, Ameaça no Ar entrega um desfecho que foge do convencional, subvertendo algumas expectativas sem perder o impacto emocional. A cena final, repleta de adrenalina e suspense, amarra bem a narrativa e deixa uma última reflexão sobre as consequências das decisões tomadas durante a crise.


O filme não apenas entretém, mas também levanta questões sobre segurança aérea, terrorismo e o impacto psicológico de situações extremas. É um thriller que, além de prender a atenção, faz o público sair do cinema refletindo sobre os desafios enfrentados por aqueles que têm a responsabilidade de proteger vidas em momentos de perigo absoluto.


Vale a pena assistir?

Sem dúvida. Ameaça no Ar é um thriller de ação envolvente, que combina uma narrativa intensa com sequências de ação bem executadas. Mark Wahlberg entrega uma atuação convincente, e a direção de David Ayer mantém o ritmo acelerado sem sacrificar a profundidade dos personagens.


Se você gosta de filmes de alta tensão, repletos de reviravoltas e ambientados em um espaço claustrofóbico, esse longa é uma escolha certeira. Com um elenco afiado, um roteiro bem construído e cenas eletrizantes, Ameaça no Ar se consolida como um dos melhores thrillers do ano.

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