[CRÍTICA] Bridget Jones: Louca pelo Garoto – Uma nova fase para a icônica heroína britânica
- Manu Cárvalho
- 13 de fev.
- 3 min de leitura
LUZ, CÂMERA, CRÍTICA! — Por Manu Cárvalho

Desde que Bridget Jones surgiu no cinema, ela se tornou um símbolo das alegrias e desastres da vida adulta. Com suas inseguranças, gafes memoráveis e o desejo de encontrar equilíbrio entre carreira, amor e autoconfiança, a personagem cativou gerações. Bridget Jones: Louca pelo Garoto, baseado no livro homônimo de Helen Fielding, leva a protagonista para um novo e inesperado capítulo de sua vida: a viuvez e a redescoberta de si mesma.
Um novo desafio para Bridget Jones
Dessa vez, encontramos Bridget (interpretada mais uma vez por Renée Zellweger) tentando reconstruir sua vida após a perda de Mark Darcy. Agora com cinquenta e poucos anos, ela se vê enfrentando desafios que vão além dos que já conhecemos – como criar os filhos sozinha, reaprender a namorar em um mundo dominado por aplicativos de relacionamento e, claro, lidar com as inseguranças do envelhecimento.
A trama mantém o equilíbrio entre comédia e emoção, algo essencial para a essência da saga. O roteiro trabalha bem os momentos de luto, mas sem perder o tom característico de Bridget, que sempre encontra uma maneira desastrada, mas sincera, de seguir em frente.
Renée Zellweger: uma Bridget mais madura, mas ainda a mesma
Renée Zellweger, que já incorporou Bridget de forma impecável nos filmes anteriores, entrega uma performance tocante e engraçada. Ela continua carismática, com sua expressividade única e um timing cômico impecável, mas agora adiciona um peso emocional mais profundo à personagem. Bridget cresceu, mas não perdeu seu brilho e sua autenticidade – o que torna sua jornada ainda mais envolvente.

Romance e novos desafios
Como o título sugere, Bridget se vê novamente envolvida em uma confusão amorosa. A chegada de um novo interesse romântico, interpretado por um charmoso e espirituoso ator britânico, traz novas reviravoltas para sua vida. A química entre os dois é bem trabalhada, trazendo frescor para a narrativa sem desrespeitar o legado de Mark Darcy.
Ao mesmo tempo, o filme explora a relação de Bridget com seus amigos e sua família, que continuam sendo parte fundamental de sua jornada. O trio formado por Jude, Shazzer e Tom está de volta para apoiá-la (ou piorar suas situações) com conselhos duvidosos e muito vinho.
Direção e estética familiar
A direção mantém o estilo já conhecido da franquia, com um olhar cuidadoso para os detalhes e um ritmo bem dosado entre comédia e drama. A fotografia suave e os cenários britânicos nostálgicos ajudam a trazer o tom aconchegante e divertido que os fãs esperam.
A trilha sonora também acompanha bem a história, trazendo clássicos do pop britânico e algumas surpresas modernas que refletem essa fase da protagonista. A mistura entre humor clássico e atualizações do mundo contemporâneo faz com que o filme pareça tanto uma homenagem à Bridget de sempre quanto um novo começo.

Um retorno digno e emocionante
Bridget Jones: Louca pelo Garoto é um filme que honra o legado da personagem ao mesmo tempo em que apresenta um novo capítulo, cheio de desafios inesperados e momentos emocionantes. Com um roteiro bem estruturado, atuações carismáticas e uma abordagem sincera sobre amor, perda e recomeços, ele reafirma o motivo pelo qual Bridget Jones continua sendo uma das personagens mais queridas do cinema.
Para quem acompanhou sua jornada desde os tempos de O Diário de Bridget Jones, essa nova fase é um presente – e uma lembrança de que, independentemente da idade ou das circunstâncias, sempre há espaço para recomeçar.
Comments