[CRÍTICA] Covil de Ladrões 2 – O retorno eletrizante do jogo de gato e rato

LUZ, CÂMERA, CRÍTICA! — Por Manu Cárvalho

Nota: ★★★

(Foto: reprodução/Diamond Films)

Após o sucesso do primeiro Covil de Ladrões (2018), a aguardada sequência chega prometendo ainda mais ação, reviravoltas e uma dose intensa de adrenalina. Dirigido novamente por Christian Gudegast, Covil de Ladrões 2 leva o público para um cenário ainda mais perigoso, onde os planos são mais ousados, os criminosos mais astutos e a caçada policial mais implacável. Se o primeiro filme já entregava um jogo de gato e rato cheio de tensão, a continuação eleva essa dinâmica a um novo patamar.

A trama: um novo assalto, um novo desafio

Dessa vez, a ação se desenrola na Europa, mais precisamente em Londres. Big Nick (Gerard Butler) está de volta, agora tentando desmantelar um assalto ao Banco da Inglaterra, planejado por Donnie Wilson (O'Shea Jackson Jr.), que se reinventou no mundo do crime após escapar dos eventos do primeiro filme.

O roteiro mantém a mesma essência do original, equilibrando momentos de ação visceral com uma trama de investigação repleta de estratégias e traições. Donnie agora trabalha com um novo grupo de criminosos internacionais, especialistas em ataques de alto nível. Enquanto isso, Big Nick, mais implacável do que nunca, atravessa fronteiras para caçar seu alvo, mergulhando em um submundo de corrupção e jogadas arriscadas.

Gerard Butler e O’Shea Jackson Jr.: rivalidade acirrada

Gerard Butler retorna com sua interpretação intensa de Big Nick, um policial durão que não joga pelas regras e está sempre disposto a ir além do limite para capturar seu alvo. Seu desempenho carrega o mesmo peso do primeiro filme, agora com um toque extra de desespero e obsessão, tornando a caçada ainda mais pessoal.

O’Shea Jackson Jr. também brilha ao reprisar o papel de Donnie, agora mais experiente e astuto. Seu personagem evoluiu de um cúmplice sobrevivente para um líder estratégico, mantendo-se sempre um passo à frente da lei. A química entre os dois atores mantém a tensão no ar, tornando cada encontro entre eles um espetáculo à parte.

(Foto: reprodução/Diamond Films)

Ação, estratégia e reviravoltas

Se Covil de Ladrões já se destacava pela ação realista e bem coreografada, a sequência amplia essa abordagem. As cenas de tiroteio são intensas e brutais, lembrando a influência de filmes como Fogo Contra Fogo (1995). Os assaltos são elaborados com precisão cirúrgica, criando sequências de alta tensão e momentos inesperados.

Além disso, o roteiro aposta em reviravoltas inteligentes, mantendo o público sempre em dúvida sobre quem realmente está no controle da situação. O jogo de estratégias entre criminosos e policiais se torna ainda mais intrincado, com traições, mudanças de plano e novas alianças surgindo a todo momento.

Direção e atmosfera intensa

Christian Gudegast mantém seu estilo visual característico, apostando em uma fotografia sombria e uma câmera que se mantém próxima à ação, aumentando a imersão do espectador. A ambientação em Londres adiciona um charme especial ao filme, trazendo novas dinâmicas para a história e ampliando o escopo da franquia.

A trilha sonora mantém o tom pesado e intenso, acompanhando as cenas de perseguição e os momentos de tensão crescente. A edição, ágil e precisa, contribui para um ritmo acelerado, sem perder o impacto dramático das cenas mais carregadas de emoção.

(Foto: reprodução/Diamond Films)

Vale a pena assistir?

Definitivamente! Covil de Ladrões 2 entrega tudo o que os fãs esperavam: ação de alto nível, personagens cativantes e um jogo de estratégia eletrizante. A sequência expande o universo do primeiro filme sem perder a essência, trazendo uma trama cheia de adrenalina e reviravoltas imprevisíveis.

Se você gostou do primeiro Covil de Ladrões ou é fã de thrillers de ação inteligentes e bem executados, esta continuação é uma escolha certeira. Prepare-se para um novo embate entre Big Nick e Donnie, onde a linha entre polícia e criminoso se torna ainda mais tênue.