A Organização Mundial de Saúde recomenda 150 minutos de exercícios físicos por semana, porém a maioria dos brasileiros ainda é majoritariamente sedentária
O 'Globo Repórter' desta sexta-feira, dia 24, revela o que dizem as pesquisas mais atuais sobre o combate ao sedentarismo e apresenta as novidades da ciência para o bem-estar físico e mental. Apresentado por Sandra Annenberg, o programa conta com reportagens de Mariana Bispo, Fábio Castro, Jalília Messias, Luiza Vaz, Paulo Gonçalves e Aline Oliveira, que conversam com pesquisadores, atletas e também ex-sedentários sobre a importância de ter uma vida em movimento.
Há pelo menos 70 anos, cientistas de todo o mundo olham para as atividades físicas e para os benefícios que elas trazem. Já é comprovado que quem se mantém ativo tem menos chances de desenvolver doenças e ter mais qualidade de vida. Pesquisadores descobriram que nosso corpo produz várias substâncias quando está em movimento, entre elas a 'Irisina'. Em 2019, o programa mostrou testes com essa substância que já eram realizados em animais. Agora, os estudos avançaram e os testes já foram realizados também em humanos. O programa mostra como o hormônio do exercício, liberado pelos músculos, atua no cérebro e revela uma novidade: ele já está sendo produzido em laboratório. O objetivo é de que, um dia, seja possível alcançar as pessoas que não podem se exercitar.
Com um condicionamento físico surpreendente, o advogado José Carlos Barreto pratica atividade física desde a adolescência e hoje, aos 81 anos, frequenta a academia em dois turnos. Ele é um dos pacientes avaliados pelo cardiologista Fabricio Braga que, em um estudo inédito, mediu a capacidade pulmonar de quase 200 pessoas com mais de 80 anos. No Rio de Janeiro, a repórter Mariana Bispo acompanha a rotina de treinos de José Carlos e conversa com o cardiologista. De acordo com o médico, a boa aptidão cardiorrespiratória, aliada a outros elementos como força e flexibilidade, é fundamental para a longevidade e para uma vida com qualidade.
Outra novidade da área da ciência do exercício vem do estado de Goiás. O repórter Fábio Castro vai até a Universidade Federal de Goiás, que avalia os benefícios para a saúde através de jogos eletrônicos interativos em que há a repetição de movimentos. Um estudo realizado com 40 mulheres com idade entre 18 e 30 anos revelou que as participantes tiveram o mesmo gasto calórico, mas o jogo garantiu um benefício a mais, como a diminuição dos sintomas de ansiedade. A reportagem mostra como a prática do exercício, aliada à diversão, traz resultados positivos para o físico e para a mente.
Em Belém do Pará, a repórter Jalília Messias conhece uma iniciativa que também comprova esses resultados. Em uma escola pública da periferia, o dia dos alunos começa com exercícios de alongamento. A prática ganhou o nome de 'Tira preguiça' e entrou na rotina escolar. Uma pesquisa da Universidade Federal do Pará comprova que os exercícios físicos auxiliam diretamente no desempenho cognitivo. A proposta do estudo é focada no HIIT, um treino rápido e intenso feito com intervalos que está entre os mais indicados por cientistas na área da saúde mental.
Uma pesquisa internacional divulgada este ano aponta os treinos intervalados, a caminhada, a dança e a musculação como complementos importantes no tratamento da depressão. Em São Paulo, a repórter Luiza Vaz conversa com o professor de Ciências da Saúde, Lucas Neves, que conta que, aliada à terapia e à medicação, a quantidade de treinos por semana e também a quantidade de repetição dos exercícios por série são determinantes na apresentação de efeitos antidepressivos no corpo.
As descobertas sobre os efeitos do exercício físico na saúde mental avançam nas principais universidades do país. O repórter Paulo Gonçalves vai até a Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, que realiza uma pesquisa com dois grupos de pessoas: um que faz musculação duas vezes por semana durante uma hora por dia e outro que não faz atividade. Os resultados mostraram que quem trabalha os músculos do corpo garante a saúde do cérebro e evita atrofia, sendo um forte aliado no combate a doenças degenerativas, como o Alzheimer.
Em Fortaleza, a repórter Aline Oliveira acompanha um grupo de mulheres que descobriu no esporte um estímulo para a luta contra o câncer e conhece um auxiliar de serviços gerais de uma universidade que se tornou atleta e hoje, aos 52 anos, voltou a estudar e pretende cursar a faculdade de Educação Física.
O 'Globo Repórter' desta sexta-feira, dia 24, vai ao ar logo após a novela 'Renascer'.
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