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Nadia Aurelio

Julieta Hernández- Todo feminicídio é político.

Por Alíne Valencio.

                                       

           Bicicletada por Julieta-  Um ato internacional em prol da luta pela causa feminina.


Aconteceu nessa sexta –feira, dia 12 de janeiro em âmbito internacional, a Bicicletada. Um evento em homenagem à Julieta Hernandéz, comprovando mais uma vez que todo feminicídio é político. Pressuposto que ficou bem claro e marcado pela presença de ilustres figuras femininas da política nacional, como Mônica Tereza Benício, vereadora do Rio de Janeiro pelo Psol, esposa de Marielle Franco. Esse evento, e presenças como a da Mônica endossam, não somente a representatividade feminina na luta pela equidade, como também a certeza da teimosia das mulheres na luta pela liberdade. Teimosia essa que está incomodando muita gente. Pois que lutem! Nenhuma mulher vai parar de resistir porque o ego, a ignorância, o preconceito e a misoginia de conservadores está a solta por aí. Nós mulheres também estamos e ninguém vai nos parar. A bicicletada, nada mais foi do que a validação de que a sororidade feminina ganha, a cada dia, mais adeptas, mais mulheres despertando e compreendendo que lugar de mulher é onde ela quiser. Porém, diante da realidade opressora em que vivemos para conquistar esse lugar, é necessário estar nas planárias, nas ruas, nas redes sociais, em casa, nas escolas, nas faculdades, ou em qualquer lugar onde haja espaço para botarmos a boca no mundo. E se não houver esse lugar, a gente vai abrir uma frente de luta e resistência, com nosso grito.


Créditos: Divulgação/Instagram=@monicaterezabenicio


O evento foi ancorado por muita emoção, onde mulheres comovidas trocaram abraços e lindas palavras de apoio e acolhimento, reforçando a premissa de que todo corpo, e mais especificamente, o corpo feminino, é político. Para muitas mulheres, foi um momento fundamental para ressignificar o luto, ganhando novamente fôlego e coragem para retomar a rota e seguir obstinadas na luta pela causa feminina. A bicicletada, se configurou, certamente numa egrégora de esperança e empoderamento. Um lugar de união entre mulheres com o intuito de fortalecer a voz feminina e reforçar novamente a certeza de ninguém vai nos parar. Ninguém. O Evento veio lembrar a todos de que cada vez mais, nós mulheres tomaremos nosso lugar, doa a quem doer. Custe o que custar. E nós não estamos nem aí para o patriarcado. A não ser para desbancar a misoginia e o conservadorismo.


É importante salientar, que o evento foi marcado também pela bandeira LGBT, o que valida a premissa de que a causa pela luta feminina abarca também a ideia de que “ser mulher” engloba pessoas que se identificam com o gênero feminino, e que a luta da mulher é a das minorias. Logo, esta causa é de uma grandiosidade e potência que deixa conservadores, religiosos e preconceituosos muito preocupados com o rumo que o mundo vai tomar. Então, aquelas mulheres estavam lá para responder essa pergunta. O rumo que o mundo vai tomar é aquele em que a mulher vai ser dona do seu nariz e não haverá mais homem algum em toda a face da terra que impedirá uma mulher de ser quem ela quiser. Nem tampouco qualquer instituição religiosa, bem como dogmas ou cartilhas que vão ditar para uma mulher o que ela deve fazer ou quem ela deve ser. Ser Mulher é “político”. Mulher dona seu nariz é “político”. Mulher livre é “político”. Julieta é “político”. E lutar por Julieta é lutar por todas nós.

 

 Alíne Valencio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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