Megan Stalter troca o glamour por um grito de paz no tapete vermelho do Emmy 2025

O tapete vermelho do Emmy 2025, realizado no Peacock Theatre em Los Angeles, promete ficar registrado não apenas pela alta-costura, mas por um gesto político que atravessa a passarela da moda. A atriz e comediante Megan Stalter, de 34 anos, abriu mão do brilho dos vestidos luxuosos para aparecer com camiseta básica, jeans simples e uma bolsa que trazia em letras garrafais o apelo: “CEASE FIRE!” — “Cessar-fogo!”.

Megan Stalter troca o glamour por grito de paz no Red Carpet do Emmy 2025- Créditos: Getty

Conhecida por suas escolhas ousadas em premiações, Megan já havia chamado atenção ao se vestir como um copo da rede Dunkin’ no MTV VMAs da semana anterior. Mas agora, sua intervenção foi além da excentricidade e alcançou um espaço de denúncia. Ao trazer a guerra para o centro de um dos maiores eventos da indústria cultural, a artista lembrou ao público que nem mesmo o entretenimento de milhões pode se dissociar do drama humano que explode diariamente em diferentes territórios.

“A moda pode ser espetáculo, mas também pode ser manifesto”, comenta analista de cultura pop da Pàhnorama que acompanha o Emmy.

O gesto de Megan se soma a uma tendência cada vez mais presente nos tapetes vermelhos: celebridades que transformam suas roupas em plataformas de discurso. Nos últimos anos, vimos mensagens feministas, ambientais e de diversidade estampar vestidos e acessórios em premiações de alcance global. Agora, em 2025, a pauta da paz atravessa o show business em forma de tecido, tipografia e coragem.

Enquanto sua série “Hacks” competia na categoria de Melhor Comédia, Megan aproveitava o holofote para usar sua imagem em favor de uma causa universal. E se para muitos o Emmy é palco de vaidade, para ela foi também palco de urgência.

A pergunta que fica ecoando é simples e direta: será que a moda, em sua natureza transitória e sedutora, pode também se consolidar como linguagem de resistência?

Mais do que nunca, parece que sim. Megan Stalter mostrou que estilo e consciência não só convivem, como podem mudar o rumo da conversa em noites que, a princípio, nasceram para celebrar apenas o brilho da indústria.