“Movediça” é o novo mergulho de Enme: uma viagem musical que afunda, envolve e faz dançar
- Da redação
- 10 de abr.
- 3 min de leitura
Com beats quentes, vozes potentes e uma estética de tirar o fôlego, EP une o Maranhão, São Paulo e o mundo em uma tapeçaria de sons e emoções
Você já sentiu aquele tipo de amor que prende e liberta ao mesmo tempo? Aquele que chega manso como brisa e, de repente, vira redemoinho? Pois bem... é exatamente nesse redemoinho emocional e sonoro que a cantora maranhense Enme nos convida a entrar com seu novíssimo EP, "Movediça", lançado no dia 3 de abril. E olha, meu bem, que mergulho delicioso!

Com participações marcantes de FBC e Uana, e beats que vão do trap ao reggae, passando pelo afrobeat e o amapiano — sim, essa mistura existe e ficou incrível! —, “Movediça” é mais do que um conjunto de faixas. É uma travessia afetiva, sensual e poética. É arte viva, pulsante, com alma e corpo. Daquelas que a gente escuta com o peito aberto, o quadril solto e o coração disparado.
Do Maranhão pro mundo — com escala em SP e conexão direta com a África
Natural do Quilombo Liberdade, em São Luís (MA), Enme é dessas artistas que a gente respeita de primeira. Cantora, compositora, produtora cultural e rapper — e também um furacão visual! —, Enme sabe de onde veio e pra onde quer ir. E nesse EP, isso está claro como o brilho de uma noite quente nas dunas dos Lençóis Maranhenses.
“Eu adoro falar de casa”, ela nos diz, com a sabedoria de quem transforma lembranças em poesia. “‘Movediça’ vem dessa dualidade, sabe? Daquela areia que parece firme, mas quando você menos espera, te engole. E é assim que me sinto em certos encontros e relações”. Resultado? Um trabalho que traduz sentimento em melodia, mistério em batida, e vulnerabilidade em arte.
Trilha sonora das emoções (e das pistas também!)
Se tem uma coisa que “Movediça” faz é mexer com a gente. Seja com os vocais potentes de Enme, com a força de Uana em “Lua Cheia” ou a parceria afiada com FBC em “Esperando o Sinal” (que tem cara de hit pra ficar no repeat), o EP é uma ode ao desejo, às idas e vindas, à entrega.
A produção — assinada pelo talentoso Kafé — acerta em cheio ao brincar com os gêneros e trazer frescor à cena urbana brasileira. E o melhor: sem perder a essência, sem diluir identidade. Pelo contrário, Enme afirma sua voz com ainda mais potência nesse trabalho.

Enme e Visual que hipnotiza
E como boa artista multimídia que é, Enme não para por aí. A direção criativa é dela mesma, em parceria com Hyago Yury, e os visuais do EP são puro deleite. Tem dança, tem performance, tem olhar intenso. É estética preta, futurista e nordestina se encontrando num mesmo corpo-obra. Não à toa, Enme já foi premiada nacional e internacionalmente por seus videoclipes e performances audiovisuais — inclusive como a primeira artista trans a vencer o prêmio de Melhor Direção no Festival Maranhão na Tela.
Show de estreia? Vai ter, sim!
E se você estiver em São Paulo, segura essa: o show de estreia de “Movediça” já tem data marcada! Vai ser no Sesc Pompeia, dia 10 de abril. Um daqueles eventos que a gente sabe que vai sair transformado — e suando de tanto dançar, é claro.
Representatividade que move
Mais do que um EP, "Movediça" é uma afirmação. Uma declaração de que a música preta brasileira é rica, plural e precisa ser ouvida com atenção e reverência. Em tempos em que resistir também é criar, Enme nos entrega um projeto que emociona e empodera.
Ela, que já brilhou no reality "Caravana das Drags" (Amazon Prime Video), compôs trilhas para filmes da Netflix, GloboPlay e Festival de Berlim, e circula pelos quatro cantos com sua arte plural, é hoje um dos nomes mais vibrantes da nova cena nacional. E faz isso com a elegância de quem respeita o passado, vive o presente e constrói o futuro.
Ouça “Movediça” agora mesmo e prepare-se para ser sugado por esse redemoinho de emoções.
Disponível em todas as plataformas digitais
Destaques: "Esperando o Sinal" (feat. FBC), "Lua Cheia" (feat. Uana) e "Te Levo Nos Lençóis"
Aqui na Pàhnorama, a gente tem o maior orgulho de acompanhar o voo dessas vozes que desafiam os moldes e celebram o que há de mais bonito na música brasileira: sua diversidade, seu poder e, principalmente, sua capacidade de mover a alma.
E você, vai se apegar ou vai se deixar levar pela areia Movediça?
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