Risos Raros parte 1
- Da redação
- 19 de dez. de 2023
- 2 min de leitura
A Escassez de Humor na TV Aberta Desafia o Bom Ânimo dos Telespectadores
Por Arllan Silva

Em meio a uma programação televisiva saturada por dramas, novelas e reality shows, uma ausência notável tem tirado o sorriso do rosto dos telespectadores brasileiros: a escassez de programas de humor na TV aberta. O riso, que por muito tempo foi considerado remédio para a alma, parece estar em falta nos canais convencionais, deixando um vazio na oferta de entretenimento.
Ao analisarmos o cenário atual, é possível constatar que a programação televisiva aberta tem se tornado cada vez mais séria e dramática. Enquanto novelas exploram tramas complexas e reality shows apostam em competições acirradas, a comédia, que deveria ser um escape para o cotidiano estressante, parece ter sido deixada em segundo plano.
A falta de programas de humor na TV aberta não é apenas uma questão de preferência pessoal, mas sim um reflexo do momento desafiador que vivemos. Em tempos de incertezas e crises, o riso torna-se uma ferramenta valiosa para aliviar o estresse e promover um ambiente mais leve. A ausência desse elemento vital na programação diária é, portanto, uma lacuna que merece ser preenchida.
Além disso, a comédia desempenha um papel crucial na sociedade ao questionar, satirizar e refletir sobre questões sociais e políticas. Programas de humor têm o poder de abordar temas espinhosos de maneira inteligente e, muitas vezes, são capazes de iniciar conversas importantes de uma maneira mais acessível. A falta desse tipo de abordagem na TV aberta representa uma perda significativa para o espectro midiático.
A mudança de foco nas emissoras pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo a busca por índices de audiência elevados e a pressão por conteúdos que gerem discussões mais sérias. Contudo, é preciso questionar se essa abordagem está realmente refletindo as necessidades e desejos do público.
Diante dessa carência, os telespectadores têm buscado alternativas em plataformas de streaming e canais a cabo, onde a oferta de programas de humor é mais diversificada. A migração para esses meios, no entanto, deixa muitos brasileiros que dependem exclusivamente da TV aberta desprovidos de opções mais leves e descontraídas.
Em um momento em que o país enfrenta desafios significativos, a importância do riso como válvula de escape não pode ser subestimada. Talvez seja hora de repensar a abordagem das emissoras, equilibrando a programação com uma dose saudável de comédia para proporcionar não apenas entretenimento, mas também alívio em meio às adversidades do cotidiano.
A falta de programas de humor na TV aberta não é apenas uma questão de preferência, mas uma lacuna na oferta de entretenimento que impacta diretamente o bem-estar emocional dos telespectadores. Resta saber se as emissoras estarão dispostas a resgatar o riso perdido e devolver aos brasileiros a alegria de sintonizar a TV em busca de momentos descontraídos.
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