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Rosamaria Murtinho e os 70 anos de palco: "A Vida Não é Justa", mas a arte é

Ana Soáres

A celebração de uma lenda viva do teatro no Sesc Copacabana


Andréa Pachá, Rosamaria Murtinho e Wilson Rabelo
Andréa Pachá, Rosamaria Murtinho e Wilson Rabelo - Créditos: Cristina Granato/Divulgação

Prepare-se para um mergulho na humanidade, nos conflitos cotidianos e no esplendor de uma carreira que atravessa sete décadas. Aos 92 anos, Rosamaria Murtinho não apenas continua em cena — ela resplandece. Com mais de 65 peças no currículo, a atriz celebra seus 70 anos de palco na nova temporada de "A Vida Não é Justa", que estreia dia 10 de janeiro no Sesc Copacabana.

Baseado no best-seller homônimo da juíza e escritora Andréa Pachá, o espetáculo aborda dilemas que todos enfrentamos: amores, perdas, reencontros e as nuances da convivência humana. Adaptado para o teatro por Delson Antunes e dirigido por Tonico Pereira, a montagem promete emocionar e fazer refletir, equilibrando drama e humor com a destreza de quem conhece o público como poucos.

Um elenco de peso, um legado de emoções

Nesta nova temporada, Rosamaria divide o palco com talentos como Wilson Rabelo, Marta Paret, Duda Barata e Rafael Sardão, em uma encenação rica em diversidade e simbolismos. A atriz, que interpreta três personagens, entre elas a polêmica Molhadinha25, revela um fôlego invejável. “É desafiador e emocionante revisitar temas tão humanos. A cada cena, sinto que a arte continua sendo minha maior companheira de vida”, diz Rosamaria.

Em "A Vida Não é Justa", temas como adultério virtual, conflitos familiares e recomeços ganham corpo em histórias que se entrelaçam e revelam facetas da sociedade contemporânea. A direção de Tonico Pereira e a dramaturgia de Delson Antunes fazem jus à complexidade do texto de Pachá, propondo uma narrativa que nos coloca frente a frente com nossas escolhas e suas consequências.

Rosamaria: de lenda a guardiã da memória

Rosamaria iniciou sua jornada aos 18 anos, no teatro amador, e logo conquistou espaço em companhias icônicas como o Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro. O legado é uma coleção de personagens marcantes que atravessam gêneros, estilos e épocas, solidificando seu nome como uma das maiores atrizes brasileiras.

Neste espetáculo, Rosamaria também presta uma homenagem às memórias de dois grandes artistas: Léa Garcia e Emiliano Queiroz, que participaram de temporadas anteriores e deixaram saudades. “Subir ao palco e dar vida a essas histórias também é uma forma de perpetuar o que eles representaram para a arte e para a nossa cultura”, reflete.

Por que "A Vida Não é Justa" é imperdível?

Mais do que um espetáculo, é uma experiência que dialoga com o público de forma íntima e universal. Como define Andréa Pachá, “a felicidade não é um direito, muito menos uma obrigação”. Essa reflexão, tão simples e, ao mesmo tempo, poderosa, ecoa em cada cena.

Da iluminação cuidadosa de Paulo Denizot à trilha sonora envolvente de Máximo Cutrin, todos os elementos conspiram para tornar a peça uma vivência inesquecível. Segundo a figurinista Fernanda Fabrizzi, "os figurinos são quase personagens, ajudando a transformar cada ator em seus múltiplos papéis".

Então, marque na agenda: de 10 de janeiro a 9 de fevereiro, o Sesc Copacabana será palco de um encontro entre a arte e a vida real. Ingressos já estão à venda. E lembre-se: às vezes, a vida pode não ser justa, mas ela é, sem dúvida, bela quando vista pelo olhar de quem sabe fazer arte.

SERVIÇO

Quando: 10 de janeiro a 09 de fevereiro

Onde: Sesc Copacabana, Rua Domingos Ferreira, 160

Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia), R$ 7,50 (comerciário)

Classificação: 14 anos

Mais informações: (21) 4020-2101


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