Saúde e espiritualidade
- Atiye Vivá
- 27 de fev.
- 2 min de leitura
Podemos entender espiritualidade como uma tendência humana de buscar significado para a existência e uma noção de pertencimento a algo maior, que traz sentido à sua vida e satisfaz essa busca pessoal. Isso acontece através de conceitos subjetivos, intangíveis e da experiência pessoal com o mundo invisível. Essa espiritualidade pode ou não estar ligada à prática de uma religião.
Cada vez mais a ciência e a medicina têm interesse na relação entre espiritualidade e a saúde geral de uma pessoa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já considera o bem-estar espiritual como uma dimensão do estado de saúde, junto às dimensões corporais, psíquicas e sociais. Nesse caso, não são considerados apenas os efeitos para a saúde mental, mas também para a saúde física. Os primeiros estudos nessa área aconteceram na década de 1980 e vêm crescendo em todo o mundo.

Aqui no Brasil, instituições como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o Instituto de Psiquiatria da USP (IPq) mantêm o Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), que possui diversos estudos em andamento. Esses estudos investigam como a espiritualidade pode auxiliar pacientes a se curar de doenças físicas e psíquicas. E essa espiritualidade pode estar ou não ligada a uma religião.
Há evidências de que praticar a espiritualidade pode trazer melhora significativa para o controle da pressão arterial, diabetes, quadros de depressão, diminuição do uso de medicamentos e aumento do bem-estar geral do paciente. Os estudos também mostram que pessoas espiritualizadas tendem a ter práticas de vida mais saudáveis, o que contribui para uma melhor saúde geral.
Mas vale lembrar que nada substitui o tratamento médico, e que ele não deve ser interrompido ou modificado sem o conhecimento do seu médico.
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