Por Cigana Carmem
Sara Kali, a filha de Jesus e Maria Madalena que foi marginalizada pelo cristianismo.
Olá, minha amiga leitora. A cada semana que passa, gosto mais de estar aqui com vocês. Estou novamente trazendo abordagens reveladoras. Como sempre, não é verdade? Eu sei! Minha coluna é um tanto "desbocada", eu diria. Desbocada porque falo o que precisa ser dito. E hoje não poderia ser diferente. Vou abordar um assunto bastante polêmico. Não para mim, ou para aqueles que realmente buscam verdades, independentemente de dogmas religiosos. É uma argumentação indiscutível, uma vez que há comprovações históricas legitimadas pelos maiores estudiosos da história mundial. Sendo assim, tudo que conversaremos aqui não é um achismo meu, ou até mesmo uma opinião aleatória. De jeito nenhum! Entretanto, é claro que também há, da minha parte, concordância com tais fatos. Resolvi, portanto, homenagear uma mulher também polêmica: Santa Sara Kali. Na verdade, não é Sara Kali que é polêmica, e sim o simples fato de falarmos sobre mulheres ou sobre "ser mulher", o que já é, em si, bastante contestador e mal visto.
Querida leitora, não sei qual é a sua formação religiosa ou suas crenças, mas peço um ligeiro voto de confiança nas próximas linhas. Deixando claro que não tenho intenção alguma de ofender, criticar, ou menos ainda, julgar alguém por suas escolhas. Minha intenção principal é, tão somente, contribuir para que verdades sobre fatos históricos da humanidade não sejam mais escondidas por interesses de poder e dominação. Como já mencionei em outras matérias, já passou da hora da humanidade conhecer a verdade. Contudo, não a verdade que nos foi contada, passada de geração para geração, como verdades absolutas. Vou abordar a verdade que nos tem sido negada há séculos, milênios.
Essa verdade é: há comprovações históricas e fatos incontestáveis para afirmar que Sara Kali é filha de Jesus Cristo e Maria Madalena. O que, para a Igreja Católica, já seria motivo suficiente para me conceder a alcunha de herege, uma vez que a igreja jamais admitirá o fato de que Jesus fosse um homem com desejos carnais, e muito menos que ele tivesse desposado a mulher que a própria igreja intitulou, covardemente, de prostituta.
Porém, eu me permito ser 'mal vista' por esses olhos patifes das instituições religiosas. É libertador inclusive. É nisso que eu acredito e ponto final. Para mim, segundo minhas pesquisas, estudos e constatações, Jesus e Madalena tiveram três filhos, sendo dois homens e uma mulher. A mulher seria Sara Kali. E se considerarmos o fato de que Jesus Cristo é negro, ou, no mínimo, pardo, muita coisa se explica sobre o fato de Maria Madalena ter fugido das perseguições, das quais ela e Jesus eram vítimas, com uma garotinha no colo. E ninguém, na época, soube explicar quem era a criança. Porém, sendo a menina negra, é um dos fatores mais óbvios que explicam a filiação.
Minha cara leitora, a verdade é que Sara Kali foi suprimida da história de Jesus e Maria Madalena em consequência da propagação do Sagrado Feminino, que Maria Madalena vinha, ao longo de toda a sua vida, apoiada por Jesus, pregando para o mundo. Essa supressão da figura de Sara Kali se deve ao fato de ela ser uma mulher livre, assim como sua mãe, Maria Madalena. E todos sabemos que, até hoje, uma mulher que é dona do seu nariz não é aceita pela sociedade. Imaginem vocês, naquela época. O Sagrado Feminino estava sendo venerado por muitas mulheres e arrebatando muitas adeptas, justamente por ser uma filosofia de libertação da mulher. Ou seja, era perigosíssimo para a doutrina religiosa. Era preciso erradicar definitivamente qualquer possibilidade de despertar mulheres para a verdade sobre si mesmas e sobre seu poder pessoal, porque tal acontecimento ia na contramão da doutrina das igrejas, que pregavam a obediência, sobretudo da mulher. E Sara Kali seria a descendente para dar continuidade ao legado de sua mãe. Ela teria sido criada em uma comunidade cigana, e seu espírito coletivo e a busca pelo sentido de viver em comunidade, somando-se a isso a fé do meu povo em manter viva a sua memória, tornou Sara Kali a padroeira do povo cigano.
Mas, o mais importante a esclarecer aqui, de uma vez por todas, é que, devido ao claro preconceito da igreja contra o povo cigano e seus dons mediúnicos, bem como seu estilo de vida, Sara Kali, sendo a padroeira de um povo 'pagão,' na visão cristã, não seria aceita, de forma alguma. Sendo assim, a Igreja Católica, percebendo o gigantesco número de adeptos de Santa Sara Kali, tratou de apossar-se da santa, mudando seu nome para Nossa Senhora Aparecida, que é considerada a padroeira dos ciganos. O que ocorre, porém, é que Sara Kali não tinha, digamos, o 'aval,' ou melhor dizendo, a autorização da igreja para ser adorada. Além disso, se a igreja reconhecesse Sara Kali, teria que reconhecer da mesma forma o 'paganismo' do povo cigano, o que entraria em contradição com seus próprios dogmas preconizados para o povo. Portanto, essa transferência de nome não passa de mais uma das formas de manipulação e adestramento dos fiéis.
Me perdoe se te decepcionei ou se causei algum tipo de frustração por talvez ter quebrado o encanto ilusório que te incutiram na cabeça desde sempre. Minhas sinceras desculpas. Todavia, meu papel enquanto entidade e trabalhadora da luz é justamente elucidar corajosamente segredos que estão guardados a sete chaves há muito tempo, causando o obscurantismo e a ignorância do povo e, por consequência disso, toda a guerra e ódio que temos presenciado no mundo atualmente, devido ao radicalismo que essa cegueira implanta nas pessoas.
Um afago da cigana Carmem.
Comments