
"Sua sexualidade pertence a quem? "
Minha amiga Deusa!
O que é sexualidade para você? Acredito, provavelmente, que nesse momento sua mente tenha voltado lá para sua adolescência, e como você lidava com a sexualidade, né? Sabia! Hehehe, mas quero te trazer uma reflexão aqui: se somos um todo e tudo o que vivemos desde a infância influencia na nossa vida adulta, por que abraçamos a crença de que a sexualidade começa somente a partir da adolescência? Não Deusa! Ela começa desde quando somos concebidos sabia? Deu nó no cérebro? Respira fundo e se segura porque tenho saborosas reflexões para debater contigo, nas próximas semanas. Pronta?
Provavelmente você ficou pensativa. É! Eu sei. Eu também fiquei quando comecei a refletir a respeito desse assunto. Se seus pais já existiam antes de você nascer e cada um deles é composto pelo gene do pai e da mãe, considerando que os cromossomos são sequências de DNA que registram todas as nossas emoções, então esses genes já carregam toda a carga emocional dos pais e serão transmitidos para nós. Uau! Punk né. Aline, você está querendo dizer que desde quando ainda somos apenas um espermatozoide já temos um monte de traumas arraigados na gente por conta da experiência vivida pelos nossos pais? Isso mesmo minha amiga! Sinto te dizer que sim. E discorro sobre isso de novo logo ali embaixo. Espere um minuto e continue, apenas continue.
Começou complicado? Mas vai prestando atenção aí e, por favor, siga lendo. Estou certa de que ao fim dessas 4 etapas do nosso bate-papo você terminará feliz e aliviada. Prometo! Pois bem, seus pais antes de você nascer passaram por circunstâncias que você nunca vai saber de fato, uma vez que obviamente você veio depois deles e por mais que eles te contem os pormenores de tudo que viveram você não estava lá, certo? Certo! Assim, durante a vida eles também foram reprimidos, punidos, amedrontados, cerceados, violentados, abusados, concordam? Acredito que até aqui sim. Isso quer dizer que quando a gente nasce infelizmente já trazemos no nosso DNA os traumas de nossos pais. Tá achando que tô louca né? Eu sei. Mas pensa aqui comigo.
Some isso ao fato de: já repararam que colocam tanta expectativa em cima da gente quando ainda somos um inocente feto na barriga da mamãe, que assim que a gente nasce, todo mundo corre para maternidade para se certificar que a gente é da família? Ou seja, existe uma urgência em dizer que somos parecidos com alguém, que temos o nariz do fulano, olho de ciclano, mãozinha de beltrano, é ou não é? Porque ninguém suportaria a ideia de que a gente não é igual a alguém da família, principalmente com os pais, né? É determinante se parecer com alguém ou ter os traços de alguém, de um jeito ou de outro. Nem que as pessoas inventem, só para se enganarem e ficarem aliviados com o fato de não terem que lidar com suas expectativas frustradas em cima da gente. E constatar que não somos enfim uma decepção. Reparou então que nada tem a ver contigo né, guria? As expectativas são dos outros, e você era somente um bebezinho recém-saído do ventre da tua mãe.
Bom, por hoje, preciso terminar nosso bate-papo, mas estarei aqui de novo na próxima semana para continuar meu raciocínio. Te espero. Um beijo.
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