Imagine você, leitor, sentando-se confortavelmente em sua cadeira favorita para mergulhar nas últimas notícias políticas. Vamos falar sobre algo que está fervendo nos bastidores de Brasília: o Tribunal de Contas da União (TCU) e suas jogadas financeiras no governo Lula. Não se trata de mera burocracia. Estamos falando de acordos bilionários que fazem parecer brincadeira de criança.

O TCU, essa entidade que deveria ser o guardião do dinheiro público, parece ter se transformado em um balcão de negócios. Sob a parceria estreita com o governo Lula, decisões que envolvem cifras astronômicas estão sendo tomadas com uma celeridade digna de filme de ação. Aí você pergunta, onde está a surpresa? A surpresa é como esse jogo de poder e interesses econômicos vem sendo conduzido.
Entre as movimentações recentes, destaca-se o acordo de leniência com empresas investigadas por corrupção. Esses acordos são, em teoria, instrumentos para recuperar o dinheiro desviado e punir os culpados. Na prática, estão se tornando um salva-vidas para corporações poderosas que, com uma multa aqui e uma promessa ali, continuam suas operações como se nada tivesse acontecido.
De acordo com dados do próprio TCU, somente nos últimos dois anos, os acordos de leniência firmados ultrapassam a marca de 10 bilhões de reais. Isso mesmo, 10 bilhões. A justificativa? Manter a economia girando, preservar empregos, recuperar parte do dinheiro perdido. Uma lógica que faz sentido, se você não se importa com a ética e a justiça. A pergunta que não quer calar (mas que nós não faremos) é: quem realmente sai ganhando com esses acordos?
Lula, em seu terceiro mandato, traz consigo a promessa de estabilidade e crescimento econômico. Para isso, a parceria com o TCU parece ser crucial. Nada de novo, diria você, a política sempre foi um jogo de interesses. O intrigante é como essa aliança está se consolidando de maneira tão transparente e escancarada. Há algo de novo aqui: a naturalização de práticas que deveriam, no mínimo, levantar as sobrancelhas mais desatentas.
Vamos dar um exemplo prático. Recentemente, uma grande construtora, envolvida em esquemas de propinas, celebrou um acordo de leniência que lhe permitiu continuar participando de licitações públicas. A multa? Uma fração ínfima do lucro obtido com as falcatruas. O resultado? Obras públicas atrasadas, superfaturadas e a sensação amarga de impunidade. O TCU se justificou afirmando que o acordo era a melhor solução para evitar maiores prejuízos ao erário. Lula, por sua vez, defendeu a medida como necessária para a retomada do crescimento.

É difícil não ser cínico diante de tais acontecimentos. A retórica de que tudo é feito em nome do bem comum, da recuperação econômica e da proteção dos empregos é repetida à exaustão. No entanto, os dados mostram outra realidade: uma elite empresarial que continua a enriquecer, enquanto a população assiste de camarote, ou melhor, de arquibancada, as acrobacias jurídicas que salvam os de sempre.
E você, caro leitor, o que acha disso tudo? É aceitável que o TCU, uma instituição que deveria zelar pela probidade administrativa, se transforme em um balcão de acordos que beneficiam os mesmos grupos de sempre? A ética pública virou uma moeda de troca, e quem paga a conta somos nós, que assistimos, indignados e impotentes, a esse espetáculo de interesses.
O governo Lula tem seus méritos e desafios. No entanto, a parceria com o TCU para a celebração desses acordos bilionários é, no mínimo, controversa. E no final das contas, a pergunta que fica não é sobre a legalidade dos acordos, mas sobre a moralidade deles. Porque em um país onde a justiça parece ter preço, a indignação é o único sentimento que nos resta.
E aí, vai ficar por isso mesmo?
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