Texto de apresentação: Manifesto dos esquecidos
- Alan Falciani
- 18 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
O garoto que virou homem ao ganhar consciência

Esta mensagem vai direto para você millenial, zennial, trabalhador ou se assim como eu você também sentir que tem algo errado com o mundo, eu te enxergo. Faço com que esta minha coluna seja teu lugar seguro, onde não serás chacoteado ou chicoteado. Sente-se na fogueira conosco e rebele-se.
Assim como todo millenial de classe média eu cresci na mentira de que ao fazer faculdade teria a promessa de um emprego que eu curtisse, cujo salário seria o bastante para sustentar a mim, uma esposa, uma casa e uma vida feliz. Bem, pelo andar do carrossel, essa promessa foi tão mentirosa como a torta.
Minha mãe nasceu numa casa pobre, desde pequena ela foi forçada pela minha vó a limpar a casa à perfeição e cuidar dos três irmãos. Falhar em realizar tais tarefas seria considerado uma afronta com punição férrea. Meu pai foi órfão do pós-guerra na Itália, ele perdeu a mãe quando criança e foi colocado num orfanato de freiras pois meu avô não tinha dinheiro para manter ele e os irmãos. Antes da maior idade ele precisou trabalhar como pedreiro. Eu nasci nas quebradas do Rio de Janeiro e se hoje estou aqui é devido ao trabalho incansável deles, se hoje posso escrever esse texto é porque me equilíbrio em ombros de gigantes.
Com essa coluna prometo revisitar todas as mentiras do corporativo que meus olhos enxergarem, destrinchar cada intriga e levar a vocês a verdade, fazer análises com lastro na materialidade, entregar a vós os verdadeiros vilões da sociedade, aqueles que estão aqui para nos explorar, oprimir e alienar. Venham ó esquecidos, pois comigo vocês terão voz.
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