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Verão 2026 da Louis Vuitton: quando o futuro encontra a nostalgia em Paris

  • Foto do escritor: Yuri Barretto
    Yuri Barretto
  • 10 de jul.
  • 3 min de leitura


desfile
Reprodução: /Foto/Instagram/@voguebrasil

Sob o céu azul de Paris, a Louis Vuitton transformou o Palais Royal em um portal entre tempos – onde silhuetas do passado ganharam alma futurista, e o luxo clássico se rendeu à leveza da inovação.

 

Uma tarde de moda, arte e história

Na última terça-feira, 23 de junho de 2025, os jardins do histórico Palais Royal se tornaram o epicentro da moda global. Era o tão aguardado desfile de verão 2026 da Louis Vuitton — uma marca que, temporada após temporada, prova ser muito mais do que apenas sinônimo de luxo.

 

Sob a direção criativa de Nicolas Ghesquière, o evento foi um espetáculo que misturou alta moda, arquitetura e sensações visuais em uma narrativa poderosa sobre o vestir contemporâneo.

 

Com uma estrutura metálica translúcida montada em meio às colunas clássicas do local, o cenário já anunciava o tom da coleção: um diálogo entre o passado e o futuro, entre o artesanal e o tecnológico.

 

Do vintage ao vanguardista: a coleção que ousa no tempo

Ghesquière mergulhou em duas décadas icônicas — os anos 1960 e 1980 — para reinterpretá-las com materiais do século XXI. As primeiras modelos surgiram com minivestidos estruturados, ombros marcados, cortes retos e botas em vinil brilhante, como se tivessem saído de um filme retrô sci-fi.

 

Logo depois, a coleção ganhou fluidez com trench coats descontruídos, saias plissadas em tecidos ultraleves e peças com formas assimétricas que pareciam se moldar ao movimento do corpo. A cartela de cores foi uma surpresa à parte: tons de lavanda, amarelo queimado, verde pálido e grafite metálico criaram um contraste elegante entre suavidade e intensidade.

 

“Quis explorar a ideia de um tempo híbrido, onde o passado se dobra ao futuro e cria novas possibilidades de identidade”, disse Ghesquière nos bastidores do desfile.

 

Mapas, malas e memórias: a herança da maison reinterpretada

Em uma coleção repleta de simbolismos, a Louis Vuitton também revisitou suas próprias origens. Conjuntos de duas peças em jacquard estampados com mapas antigos faziam alusão direta à história da maison como fabricante de baús e malas de viagem.

 

 A moda aqui não é apenas estética, mas narrativa — ela conta histórias, desperta memórias, sugere destinos.

 

E falando em acessórios, ninguém ficou indiferente às novas versões da icônica Twist bag, que apareceu em couro holográfico, nem aos brincos modulares e óculos de sol com lentes que podem ser trocadas de acordo com o humor ou o look do dia.

 


Estrelas na plateia e aplausos de pé


Reprodução: /Foto/Instagram/@louisvuitton


Como já virou tradição, o desfile reuniu uma plateia estrelada: Zendaya, Cate Blanchett e Hoyeon Jung estavam na primeira fila, em looks Vuitton impecáveis.

 

A presença dessas personalidades reforça o diálogo constante da marca com o cinema, a arte e a cultura pop.

 

Ao final da apresentação, Ghesquière surgiu brevemente para receber os aplausos de um público de pé — críticos, influenciadores, jornalistas e fashionistas de todos os cantos do mundo, todos unânimes: mais uma vez, ele entregou uma coleção que ultrapassa a moda e toca o imaginário coletivo.

 

Muito além das passarelas


Reprodução: /Foto/Instagram/@louisvuitton


A coleção de verão 2026 da Louis Vuitton não quer apenas vestir. Ela quer provocar, emocionar, fazer pensar. Em um mundo onde tudo é efêmero, Ghesquière propõe roupas que duram — não apenas pelo corte impecável, mas pelo conceito.

 

E talvez esse seja o verdadeiro luxo do futuro: o que nos faz sentir algo real, mesmo em meio ao virtual. O que nos faz lembrar que, antes de qualquer tendência, existe sempre uma história a ser contada — e vivida.

 

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