Zâmbia Inaugura espaço físico em Ipanema: Brasilidade, Ancestralidade e representatividade

Cintos com pedras naturais ZÂMBIA.

Na última terça (25), estive presente no primeiro ponto físico de vendas da marca de semijoias autorais, Zâmbia, assinada por Vivian Ramos. Ao olhar tanta delicadeza nos detalhes de cada peça, senti que era mais que uma nova conquista para a marca, mas um marco de afirmação. A cada estética, a anacestralidade potente, com muita representatividade.

A Zâmbia, até então gestada entre montanhas, no ateliê de Vivian em Teresópolis, agora ocupa o centro de da Galeria Ipanema 2000 endereço tradicional, de circulação intensa, em um dos bairros mais badalados do Rio. E isso não é pequeno. É sobre presença, permanência e ocupação necessária e potente.

Vivian, que carrega no olhar a firmeza das que sabem de onde vêm, tem nas mãos a habilidade de transformar pedras naturais em construções narrativas a partir da estética. Suas peças não são conexões com histórias já contadas, mas com um olhar do presente. Elas carregam formas orgânicas, texturas que remetem a símbolos e escolhas cromáticas que vibram com força e sofisticação. Não é um design qualquer: é design com raiz, simbolismos, afetividade.

E o público que se move ao redor da Zâmbia não é lindo. É uma comunidade atenta, que veste mais do que moda: desfila nos detalhes de cada escolha, o afeto, sua identidade e a resistência. Dá um tom ainda mais forte as criações de cada brinco, colar, pulseira. São adornos de corpos potentes.

Vivian Ramos (design e fundadora da Zâmbia)

E como historiadora da moda, mulher suburbana, e alguém que acredita que design e política estão entrelaçados, saio desse lançamento com a certeza da Vida longa de Zâmbia, da grandeza de Vivian e sua equipe e também de que à beleza que não se curva, se cria e recria com conexões e pessoas atentas.