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Adoniran Barbosa: o filho do amor

  • Foto do escritor: Leañ Souza
    Leañ Souza
  • 3 de ago.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 4 de ago.

"Não posso ficar nem mais um minuto com você."

"Mãe, eu juro."


Adoniran Barbosa, através da sua voz rouca mas real, não só criou esses versos musicais, mas refletiu a simplicidade de um ser humano, que carregava consigo um compromisso infindável com os seus deveres, responsabilidades e afetos. Em suas músicas, Adoniran não expressava somente o amor, mas o colocava em confronto direto com a realidade. Mesmo apaixonado, o personagem que ele representa sabia o momento de ir embora, pois algo maior estava esperando por ele: o cuidado com a mãe e sobre o lar que não poderia ser deixado de lado. O juramento é a promessa feita pela mãe de uma forma sincera como símbolo de amor e confiabilidade. Esses gestos de renúncia com amor, responsabilidade e dever é típico de quem nasce em um dia 6, o número dos cuidados, do amor, da família e também da proteção. Assim como o Adoniran Barbosa, os filhos do número 6 abdicam os seus desejos em nome do que realmente importa: o compromisso com quem amam. Através da simplicidade das suas letras, Adoniran eternizou a grandeza silenciosa dos que cuidam e acolhem, mesmo que precisem partir e serem extremamente leais à figura materna.


Adoniran Barbosa
Reprodução/ Rádio UFPA

Quem foi Adoniran Barbosa?


Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato, nasceu no dia 6 de Agosto de 1910 na cidade de Valinhos (SP) e faleceu em 23 de novembro de 1982 vítima de um enfisema pulmonar. Foi um dos maiores compositores e cantores brasileiros, com clássicos como: "Tiro ao Álvaro", "Saudosa Maloca" e Samba do Arnesto". Começou a sua carreira no rádio, onde interpretava diversos personagens populares. A sua linguagem era baseada no modo de falar dos paulistanos que tinham origem italiana, mais precisamente nos bairros da Barra Funda e do Brás. Adoniran Barbosa eternizou e imortalizou tipos esquecidos, sentimentos e emoções que resistiam através do coração e do talento do povo.


Qual é o significado do dia de nascimento do Adoniran Barbosa na Numerologia Cabalística?


6 - Dia do amor: O nascido no dia seis é normalmente sentimental, muito equilibrado, compreensivo, adora a família, a casa, os amigos, os filhos (se os tiver) e é também excelente amante. Tem personalidade magnética e atrai sempre as atenções em festas, reuniões, cursos etc. Profissionalmente, sente-se realizado numa posição superior, onde pode contribuir para o desenvolvimento da empresa, das coisas e principalmente das pessoas envolvidas. É perseverante e luta até o fim para atingir seus objetivos. Como é altamente sensível, quando contrariado, ou quando as coisas não correm como quer, pode-se tornar ciumento, nervoso e demonstrar possessividade, levando-o a ter atitudes enérgicas para defender seus princípios ideológicos. No tocante às frustrações amorosas, estas lhe causam quase sempre complicações nervosas e problemas ósseos. Será um excelente profissional no setor social (trabalhar com idosos, crianças, deficientes físicos ou mentais), em áreas esotéricas e religiosas e como professor, decorador, cozinheiro, ou tratando de embelezar o planeta.


"Trem das Onze"


A música "Trem das Onze", composta por Adoniran Barbosa, foi homenagem ao bairro do Jaçanã, na zona norte de São Paulo, e também à linha de trem que atendia toda aquela região. A canção, que foi lançada no ano de 1964, conta a história de um rapaz que precisa voltar para casa antes do último trem, que parte às onze horas da noite, para cuidar de sua mãe. A letra, embora bastante simples, tornou-se um símbolo da cidade e imortalizou o nome do Jaçanã.


"Mãe, eu juro"


Essa música nos mostra uma mensagem carregada de emoção, arrependimento e sinceridade profunda. Na letra, o personagem fala com a mãe, fazendo uma promessa solene. O "juro" serve para mostrar que ele está falando a verdade sobre os seus sentimentos e atitudes. No Brasil, especialmente na música popular, jurar pela mãe é uma forma tradicional de dar peso às palavras, pois mostra que a pessoa está falando com o coração aberto, sem mentiras ou disfarces, de uma forma realista. Nas obras de Adoniran Barbosa, que sempre retratou o povo simples com suas dores e alegrias, esse tema reforça a humanidade e também a humildade dos personagens da época


Duas músicas e um só coração



Adoniran Barbosa: uma figura marcada pelo amor


Aqueles que são nascidos no dia 6 são os guardiões da harmonia, da casa e também da família. Possuem um senso de responsabilidade afetiva tão forte quanto o do homem da música que ama do "Trem das Onze", mas que precisa ir. Que sente, mas que respeita os limites. Que vive o amor com presença, mas também com consciência e responsabilidade. O 6 sabe que cuidar é amar. E por isso, muitas vezes, carrega o fardo de escolhas difíceis, como voltar para casa antes do último trem sair, mesmo que isso lhe doa no peito. Adoniran Barbosa era um indivíduo bastante reservado sobre a sua vida particular. Mas em suas canções, retratava as emoções que sentia em relação aos sentimentos. Casado duas vezes, teve uma filha. A sua primeira esposa foi Olga Krum, com quem teve uma filha única, a Maria Helena Rubinato. Divorciou-se e teve um novo relacionamento com Matilde de Luttis, mas não teve filhos com ela. Adoniran não cantava simplesmente por cantar. Ele mostrava a vida com o olhar de quem realmente nasceu para sentir o outro. Um ser do povo e do amor, foi o filho perfeito do dia 6. Amou com intensidade e profundidade. Quem nasceu no dia do amor tem a certeza de que deixará saudade e boas lembranças. Adoniran era um boêmio. Mas um boêmio do amor, que era amado e que amou profundamente durante a sua existência terrena. Que possamos seguir o exemplo do Adoniran Barbosa e amar mais uns aos outros em tempos tão difíceis.


"Não é permitido copiar o conteúdo parcialmente e nem modificá-lo, exceto se o autor conceder a devida autorização. Esta matéria é propriedade intelectual e de responsabilidade exclusiva do autor, estando a mesma protegida pela Lei nº 9.610/98".


Leañ Souza - Numerólogo cabalista e colunista da Revista Pàhnorama



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