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Brasil vence EUA com virada espetacular no Basquete e conquista o ouro na Universíade após 62 anos

  • Foto do escritor: Manú Cárvalho
    Manú Cárvalho
  • 27 de jul.
  • 3 min de leitura

NA DISPUTA!Por Manu Cárvalho

Basquete
Foto Célio Júnior/CBDU

O basquete brasileiro viveu um dos momentos mais emocionantes de sua história recente neste sábado (26/7), ao conquistar a medalha de ouro nos Jogos Mundiais Universitários de 2025, em Essen, na Alemanha. Em uma final épica contra os Estados Unidos, a seleção universitária masculina do Brasil venceu por 94 a 88, após reverter uma desvantagem de 26 pontos no último quarto, levando o jogo para a prorrogação com uma cesta decisiva no último segundo do tempo regulamentar.


Foi a primeira medalha de ouro do Brasil no basquete masculino da Universíade desde 1963, quando o país sediou a competição em Porto Alegre (RS). Mais de seis décadas depois, a vitória ganha contornos de redenção, superação e afirmação de um projeto esportivo que vem se consolidando nas categorias de base e no ambiente universitário nacional.


Um início avassalador dos americanos

Durante boa parte da partida, parecia que o roteiro seria cruel para os brasileiros. Os Estados Unidos, donos de uma das camisas mais pesadas do basquete mundial, dominaram o jogo com seu estilo tradicional: físico, rápido e altamente técnico.


Com menos de seis minutos para o fim do quarto período, o placar apontava 81 a 62 para os norte-americanos. A torcida, em sua maioria local, já começava a aplaudir as jogadas de efeito dos EUA e a preparar o reconhecimento ao provável campeão. Mas o Brasil ainda não havia dito sua última palavra.


A virada começa com coração

Liderado pelo ala Adyel Borges, que anotou 25 pontos e foi o cestinha da final, o time brasileiro iniciou uma corrida impressionante. Cesta a cesta, roubo de bola a roubo de bola, o Brasil foi ganhando espaço, confiança e energia. A defesa passou a pressionar a quadra toda, forçando erros do adversário. No ataque, a bola começou a cair com mais frequência. Os EUA, surpresos, viram a vantagem se dissolver diante da intensidade emocional dos brasileiros.


Faltando segundos para o fim do jogo, o armador Reynan, que até então havia tido uma atuação discreta, acertou uma cesta de três pontos improvável, empatando o duelo em 85 a 85 e levando o confronto para a prorrogação.


Prorrogação com alma de campeão

A prorrogação foi uma extensão do espírito guerreiro brasileiro. Com a moral elevada, o time cresceu ainda mais em quadra, enquanto os norte-americanos pareciam abalados com o desfecho do tempo regular.


O técnico brasileiro, Leonardo Barbosa, ajustou a rotação da equipe e manteve a energia em alta. Adyel Borges continuou brilhando, e o pivô Lucas Siewert foi dominante nos rebotes. O Brasil controlou o placar e, com inteligência e maturidade, fechou o jogo em 94 a 88, celebrando de forma histórica a conquista da medalha de ouro.


Reações emocionadas e legado

Logo após o apito final, a quadra foi invadida por emoção. Jogadores choravam, se abraçavam e gritavam como se estivessem conscientes da importância daquele momento. O técnico Leonardo Barbosa, em lágrimas, dedicou a vitória ao esporte universitário do país:

"Ninguém acreditava que a gente podia reverter aquele placar. Mas nós acreditamos. Esse título é do Brasil, dos atletas, dos clubes e das universidades que continuam apostando no nosso basquete."

Um novo capítulo para o basquete brasileiro

A conquista da Universíade 2025 não é apenas uma medalha dourada no peito dos atletas. É a prova de que o Brasil tem talentos prontos para grandes palcos — e que a base universitária pode sim ser celeiro de craques.


Além de Adyel Borges, nomes como Reynan, Siewert e o armador Felipe Ruivo mostraram personalidade e qualidade para alçar voos ainda maiores nos próximos anos.

A medalha também reacende a esperança de ver o basquete masculino brasileiro retornar ao protagonismo em competições internacionais, como os Jogos Pan-Americanos e as Olimpíadas.


Foram 62 anos de espera, mas o ouro voltou para casa. E voltou da forma mais bonita possível: com luta, coração e uma virada inesquecível.

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