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CBF se pronuncia sobre polêmica da camisa vermelha: “Os padrões serão mantidos”

Por Manu Cárvalho Proposta vazada de uniforme alternativo da Seleção gera reação intensa nas redes, críticas públicas e uma resposta oficial da Confederação.


CBF

Na última semana de abril de 2025, o futebol brasileiro foi sacudido por uma polêmica que, à primeira vista, parecia impensável: uma suposta camisa vermelha da Seleção Brasileira.


As imagens vazadas — divulgadas pelo site especializado Footy Headlines — mostravam um uniforme alternativo com a cor predominante em vermelho escuro e detalhes em preto. Bastou isso para incendiar a internet e provocar um debate que atravessou as arquibancadas virtuais, os noticiários esportivos e até o campo político.


“É um crime contra a história da Seleção”, disparou o narrador Galvão Bueno em uma postagem emocionada nas redes. Políticos conservadores também criticaram duramente a peça, associando o vermelho a ideologias políticas. Com tamanha repercussão, não demorou para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) viesse a público.


CBF quebra o silêncio: “Imagens não são oficiais”

Em nota publicada no dia 29 de abril, a CBF buscou acalmar os ânimos. Com um tom claro e direto, a entidade afirmou que as imagens “não são oficiais” e que “os padrões serão mantidos”, referindo-se às cores tradicionais da Seleção Brasileira: o amarelo e o azul.


A confederação ainda reforçou que o processo de definição do novo uniforme para a Copa do Mundo de 2026 está em andamento e será feito em conjunto com a fornecedora oficial, a Nike. Ou seja, até o momento, nenhuma nova camisa — seja ela vermelha, verde-limão ou pink — foi aprovada.


A resposta foi uma tentativa de colocar fim à tempestade, mas o episódio já tinha deixado marcas.


Uniforme ou símbolo? A força das cores na camisa da Seleção

Mais do que uma peça de roupa esportiva, a camisa da Seleção Brasileira carrega um peso simbólico imenso. É parte da identidade nacional. Desde o “Canarinho” pentacampeão até os tempos mais difíceis, o amarelo vibrante sempre esteve presente — no peito, nos gritos da torcida e na memória afetiva de gerações.


Tocar nessa estética é mexer com emoções, com um sentimento coletivo que ultrapassa o futebol. Por isso, a comoção em torno do suposto uniforme vermelho não é apenas sobre gosto ou tradição. Para muitos, foi interpretada como uma ameaça à essência da Seleção — e à sua conexão com o povo.


O que podemos esperar daqui pra frente?

Com o Mundial de 2026 se aproximando, o Brasil deve apresentar, como sempre, pelo menos três versões de uniforme: a titular (amarela), a reserva (azul) e, possivelmente, uma terceira opção. Ainda que essa terceira camisa possa ter cores alternativas, é improvável que a CBF aprove algo que fira tanto a tradição e gere tanta rejeição popular.


A manifestação da entidade deixa claro: o vermelho não deve vestir a Seleção — pelo menos por enquanto. Mas o episódio levanta uma reflexão importante sobre até que ponto o marketing pode reinventar símbolos nacionais sem perder a alma no processo.


No fim das contas, a camisa ainda é nossa

Se tem uma coisa que esse episódio mostrou é que a camisa da Seleção ainda pertence ao povo. Ainda mexe com orgulho, com memórias e com identidade. E mesmo em tempos de crise, polêmicas e disputas, o torcedor brasileiro continua atento. Porque, no fim, não é só futebol — é Brasil em campo.

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