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Do universo de John Wick: Ballerina | Crítica

  • Foto do escritor: Felipe Barreto
    Felipe Barreto
  • 19 de jun.
  • 4 min de leitura
Ana De Armas protagoniza uma das melhores badass dos ultimos anos!
Ana De Armas protagoniza uma das melhores badass dos ultimos anos! (Foto: Reprodução / Jovem Nerd)

Se eu pudesse chegar para vocês e dizer: "pare tudo o que está fazendo e vá assistir Ballerina", eu com plena certeza, diria.


Lançado no dia 5 de junho, e dirigido por Len Wiseman, o filme Do Universo de John Wick: Ballerina, conta a história da Eve Macarro (Ana De Armas), que perde o seu pai, um filho da Ruska Roma, para um grupo de cultistas que matam a sua mãe e irmã. Em meio ao luto extremamente recente, ela é entregue a Winston Scott (Ian McShane), dono do Continental, que a encontra e a apresenta alternativas para conseguir sobreviver naquele meio. Assim a trama desenrola e você acompanha. Mas calma, não darei spoilers! A história da Ballerina acontece em paralelo ao que acontece com John Wick. É algo muito bem feito e amarrado, para que faça um sentido inserir uma nova personagem, deixando o clima de ação neo-noir fiel em tudo o que há de mais excelente dentro do universo. A trama não é muito diferente do John Wick, mas segue uma proposta diferente. Um caminho diferente. Ela é mais visceral além de pessoal, trazendo uma reflexão da posição da Eve e do anterior "retorno" do John, dando facilmente um vislumbre do que é o universo dos assassinos. A escolha é sua ou é do meio? É uma pergunta que você se fará.

O universo fazendo referências às outras histórias
O universo fazendo referências às outras histórias (Foto: Reprodução / Movie Web)

Quando falamos da ação e da coreografia, o filme segue com uma qualidade absurda! Ana De Armas dá show de atuação para entregar uma qualidade de movimentação. Com cenas excelentes, jogos de câmera que influenciam os momentos mais intensos e uma coreografia de tirar o folego, o filme dá direito até daquele breve "eita meentiiira!" unido a um sorriso com o nível de criatividade dessas cenas. É tão lindo que dá vontade de aplaudir em alguns momentos. Mas, é algo que já conhecemos. São formulas já apresentadas, mas muito criativas.


É um filme com protagonismo feminino e que dá um toque bem real para a "fragilidade feminina", transformando tudo o que há em John Wick, de socos e lutas mais "simples", em inteligência e destreza para vencer, em Ballerina. São lutas inteligentes. E não somente bruta e física. Enquanto o John é a resiliência, a Eve, é a criatividade para lidar com tudo. Ela precisa saber sobreviver, pois sabe que enfrentará limitações no seu processo. O filme retrata isso muito bem e, por favor, não pisque! Você entenderá!

A coreografia e a atuação são mais do mesmo, mas mostram uma criatividade dentro da perspectiva da personagem
A coreografia e a atuação são mais do mesmo, mas mostram uma criatividade dentro da perspectiva da personagem (Foto: Reprodução / Rolling Stones)

A narrativa não é lenta, mas as idas e vindas para explicar as "regras e consquências", são o que torna o filme um "Do Universo de John Wick". Pensando bem, o título poderia ser focado no hotel Continental e não John Wick em si, já que tudo o que acontece ao redor do Continental e com a "benção" do Winston, mas entendemos como funciona o marketing e não podemos reclamar. E para acrescentar, o filme definitivamente não precisa do John para acontecer. Ele vai te entreter e mostrar do início ao fim, todos os detalhes sem precisar desse apoio e do nome. Se pensarmos bem, parece que é quase uma apresentação e um teste para que eles continuem com spin offs e aumentem ainda mais o universo que a história do John Wick nos trouxe.


Claro que ele é uma lenda, mas existem outras pessoas e muitas outras histórias para contar. E essa é a sensação que o filme Ballerina consegue deixar! A similaridade da "vingança" mas com motivações e caminhos diferentes, faz com essa expansão de universo fique interessante ao espectador. É uma conexão muito boa, mas que não pode se repetir em filmes futuros, adaptações e etc.

Eve e a sua forma intensa e criativa para lidar com todo esse universo que foi imposto nela, é o ponto alto do filme
Eve e a sua forma intensa e criativa para lidar com todo esse universo que foi imposto nela, é o ponto alto do filme (Foto: Reprodução / The Playlist)

A fotografia do filme não pode mudar, né? A cor neon e o tom sombrio do filme ainda permanecem com a qualidade e personalidade que precisam e os cenários são assinaturas daquela realidade em que os personagens estão inseridos. Não é surpresa nenhuma utilizarem a mesma técnica, mas isso agrega um valor considerável a história!


A melhor atuação depois da Ana De Armas é do Ian McShane. Ele, no papel de Winston, acaba roubando a cena com a sua seriedade irônica e cuidadosa, nos momentos que o seu personagem aparece. Relativamente pouco, mas muito preciso. A Ana entrega sentimento, intensidade e uma amostra da força que a Eve tem para si e para os outros, já que a luta que ela enfrenta não é somente dela. Com diálogos mais simples e bem diretos, talvez fosse interessante arriscar um pouco mais, mas não faltou com alma. Keanu aparece. Sim. Não é spoiler e você já viu no trailer. E é exatamente aquilo que você viu. Não será surpreendente

O filme não precisa do John para acontecer!
O filme não precisa do John para acontecer! (Foto: Reprodução / CNN)

O único problema do filme é apenas o vilão. O que nos é mostrado, é frágil demais para a intensidade que a Eve apresenta na história. A falta de um vilão mais incisivo e com presença, faz com que o impacto da construção tanto da personagem quanto do ambiente que ela vive, não exista. Basicamente, diminui bastante a jornada da protagonista neste momento. É um vilão bobo e fraco que tenta ser bem psicológico, mas falha na missão.


Do Universo de John Wick: Ballerina, tem autonomia, tem criatividade, tem potencial para criar ainda mais filmes e com certeza merece ser assistido no cinema! Nota: 8/10.




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