Enzo Belmonte estreia “Meu Axé”: um mergulho no sagrado do samba e da ancestralidade
- Da redação

- 18 de ago.
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No Centro do Rio, palco histórico do Teatro Rival Petrobras, um jovem de apenas 23 anos se prepara para transformar música em ritual, canto em celebração e samba em ponte entre mundos. Enzo Belmonte apresentará, no próximo 19 de agosto, seu novo projeto, “Meu axé”, uma homenagem viva às raízes mais profundas do povo brasileiro.
“‘Meu axé’ une religiosidade e musicalidade, o sagrado e o profano, trazendo a fé na ancestralidade e o amor pelo samba”, afirma o artista.
A bênção dos ancestrais
Nascido e criado no Morro do Pinto, Enzo cresceu cercado pela força do samba de raiz e, ainda adolescente, recebeu da saudosa Beth Carvalho uma declaração que hoje soa como profecia: “um sambista de verdade”. Agora, intérprete da escola de samba A.R.E.S Vizinha Faladeira, ele leva para o Rival uma estreia que não é apenas musical, mas espiritual.
“Cantar para os orixás é cantar para a vida, para a resistência, para a história do nosso povo. É também uma forma de agradecer a quem veio antes de nós”, conta Enzo, em tom emocionado.
Estreia com repertório de fé e celebração
No show, o público será convidado a um percurso de axé e ancestralidade. O repertório reúne sambas marcantes de mestres como Arlindo Cruz, Almir Guineto, Xande de Pilares, Luiz Carlos da Vila e Zeca Pagodinho, ao lado de cantigas dedicadas a cada orixá e suas falanges — Ogum, Oxóssi, Iemanjá, Oxum, Exu e Zé Pilintra.
“É um show para quem acredita na força da música como oração coletiva. Para quem entende que o samba é mais que entretenimento: é uma forma de existir”, resume Enzo.
Mais que show, uma celebração
Em um Brasil marcado pela intolerância religiosa, “Meu axé” surge como ato de coragem e reafirmação cultural. É a juventude do samba olhando para trás com respeito e para frente com ousadia. É também um convite a derrubar muros, reconhecer nossas heranças e compreender que a música popular brasileira é atravessada por séculos de espiritualidade negra, resistência e afeto.
No palco, o jovem sambista transforma a dor e a beleza de um país em canto coletivo. “Meu axé é também o axé de cada pessoa que acredita na vida, no amor e na música como caminho”, afirma.
Serviço
Onde: Teatro Rival Petrobras — Rua Álvaro Alvim 33, Cinelândia, Rio de Janeiro
Quando: 19 de agosto
Show: Enzo Belmonte – Meu axé







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