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HALL DA FAMA DO COB: UMA NOITE DE MEMÓRIA, EMOÇÃO E ORGULHO NACIONAL NO RIO DE JANEIRO

  • Foto do escritor: Da redação
    Da redação
  • 14 de mai.
  • 4 min de leitura

Uma noite olímpica para nunca esquecer

HALL DA FAMA DO COB: UMA NOITE DE MEMÓRIA, EMOÇÃO E ORGULHO NACIONAL NO RIO DE JANEIRO
Créditos: Bruno Jordão

O Copacabana Palace parou. E não era baile de gala, nem tapete vermelho de celebridade global — mas foi uma celebração digna de Oscar. Na noite desta terça-feira (13), o esporte brasileiro ganhou mais quatro estrelas eternizadas no céu olímpico: Daiane dos Santos, Edinanci Silva, Gustavo Kuerten e Afrânio Costa (in memoriam) entraram oficialmente para o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Um reconhecimento mais que merecido — e que emocionou o Brasil inteiro.

A cerimônia, comandada pelo jornalista Marcelo Barreto, reuniu lendas vivas, familiares e fãs, todos unidos por um amor em comum: o esporte. Entre discursos comoventes e memórias inesquecíveis, a noite foi uma verdadeira ode à trajetória dos nossos ídolos olímpicos.

Logo no início, o tiro certeiro da emoção veio com Afrânio Costa, nosso primeiro medalhista olímpico lá em 1920, nos Jogos de Antuérpia. A homenagem, feita pelo atirador Felipe Wu, foi entregue à sobrinha-neta de Afrânio, Cristina Ferraz, que arrancou lágrimas ao relembrar o legado do tio e sua ligação com o Fluminense.

Depois foi a vez de a guerreira Edinanci Silva, judoca que enfrentou e venceu dentro e fora dos tatames. Primeira brasileira a disputar quatro Olimpíadas seguidas, ela foi ovacionada de pé. Sob o olhar atento da campeã olímpica Bia Souza, Edinanci agradeceu com um coração cheio de luta, e deixou uma frase que ressoou pelo salão: "Obrigada por permitir que mais uma nordestina faça parte da história olímpica do país."

Créditos: Bruno Jordão


Guga Kuerten, o eterno tricampeão de Roland Garros e o nosso “manézinho” favorito, subiu ao palco rindo, emocionado e distribuindo carisma. Relembrou o pai, o técnico Larri Passos e todos que acreditaram naquele menino magrelo que virou número 1 do mundo. “Aproveitem. E lembrem: vocês têm o poder de emocionar e transformar vidas”, disse.

E para fechar no melhor estilo “salto carpado com estrela”, veio Daiane dos Santos. A primeira brasileira campeã mundial na ginástica artística, eterna referência para gerações de atletas, foi celebrada com muito carinho por Jade Barbosa. Em lágrimas, Daiane dedicou tudo à avó presente na plateia: “Eu só sou porque vocês foram, vó.”

Durante o evento, os homenageados eternizaram suas mãos em moldes que serão exibidos no Centro de Treinamento do COB. Também ganham destaque na página oficial do Hall da Fama, com biografias, vídeos e mensagens dos fãs.

Criado em 2018, o Hall da Fama do COB já imortalizou 39 nomes que construíram nossa história olímpica — entre eles Torben Grael, Jackie Silva e Vanderlei Cordeiro de Lima.

Créditos: Bruno Jordão


Foi uma noite para celebrar, relembrar e nos lembrar que esporte não é só medalha — é inspiração, resistência e pertencimento. E como bem disse o presidente do COB, Marco La Porta: “Não se constrói uma nação esportiva sem honrar quem abriu o caminho.”

É mais do que uma homenagem. É o reconhecimento de trajetórias que ultrapassam recordes e medalhas — histórias que inspiram jovens, emocionam famílias e fazem o Brasil inteiro vibrar. E isso foi sentido em cada detalhe da cerimônia, desde os discursos cheios de afeto até os moldes das mãos que agora fazem parte do acervo do Centro de Treinamento do COB.

Daiane dos Santos: a revolução na ginástica

Primeira brasileira campeã mundial na ginástica artística, Daiane dos Santos subiu ao palco conduzida por Jade Barbosa, sua amiga e pupila. O som do “Brasileirinho” ecoou nas lembranças de muitos, mas foi a fala de Daiane, ao lado da avó, que selou a emoção da noite: “A família é minha base. Obrigada, vó, por tudo.”

Ela não apenas venceu — ela reinventou o esporte. Seus movimentos, eternizados com seu nome, inspiram milhares de meninas a sonhar com o impossível.

Guga Kuerten: o Brasil nas quadras do mundo

Guga foi recebido com um coro emocionado: “Olê, olê, olê, olá, Guga, Guga!”. O ídolo, que dominou Roland Garros três vezes, lembrou dos tempos difíceis e dos heróis que o motivaram. "Sou brasileiro também, e vai dar certo", disse ele, resumindo a alma de um país que acredita.

O maior tenista da história do Brasil agora tem suas mãos gravadas como símbolo de um legado que vai muito além das quadras.

Afrânio Costa: pioneirismo que atravessa gerações

Em 1920, ele colocou o Brasil no mapa olímpico ao conquistar a primeira medalha do país. Falecido em 1979, Afrânio foi representado por sua sobrinha-neta, Cristina Ferraz, que trouxe à cerimônia uma memória afetiva poderosa: “Todas as conquistas dele, ele dedicava ao Fluminense.” Foi um momento de resgate, onde passado e presente se encontraram em aplausos.

Edinanci Silva: potência e resistência nordestina

A judoca paraibana, primeira brasileira a disputar quatro Olimpíadas no judô, emocionou o público com sua fala sobre luta e superação. “Quatro anos de treino para quatro minutos de combate — que duram muitas vezes quinze segundos. Só quem vive sabe.”

Representando tantas mulheres e nordestinos que desafiaram as estatísticas, Edinanci reafirmou a importância de ampliar o olhar do esporte nacional para todos os cantos do país.

Adidas, nova patrocinadora do COB

Créditos: Bruno Jordão
Ricardo Sdei, Diretor de Marketing da Adidas Brasil. - Créditos: Bruno Jordão

A noite também trouxe novidades para o futuro: o presidente do COB, Marco La Porta, anunciou a Adidas como a nova patrocinadora oficial. “Vamos conquistar muitas medalhas vestindo Adidas”, afirmou a campeã olímpica Bia Souza, em clima de celebração e esperança.

Entre palmas, memórias e anúncios, a cerimônia no Copacabana Palace foi mais do que uma celebração de nomes consagrados — foi um tributo à identidade esportiva do Brasil. Um convite à juventude, às famílias, às mulheres, aos apaixonados por política esportiva, a reconhecer no esporte uma plataforma de transformação, inclusão e orgulho nacional.

Seja nas quadras, nos tatames ou nas arquibancadas da vida, essas histórias continuam inspirando. E o Hall da Fama do COB agora guarda, para sempre, as marcas daqueles que fizeram o Brasil acreditar.

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