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Julian McMahon morre aos 56 anos após luta contra o câncer

  • Foto do escritor: Manu Cárvalho
    Manu Cárvalho
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Por Manu Cárvalho


Julian McMahon
Reprodução/20th Century Studios

O ator australiano Julian McMahon faleceu aos 56 anos na última terça-feira (2 de julho), na cidade de Clearwater, Flórida, após enfrentar de forma reservada uma batalha contra o câncer. A informação foi confirmada por sua esposa, Kelly McMahon, em um comunicado divulgado pelo site Deadline. Segundo ela, o ator morreu “pacificamente”, cercado pela família, após uma luta valente contra a doença.


"Julian amava a vida. Amava sua família, seus amigos, seu trabalho e seus fãs. Seu desejo mais profundo era levar alegria ao maior número de pessoas possível", escreveu Kelly. Em sua fala, ela ainda fez um apelo comovente por respeito à privacidade da família nesse momento de luto.


Carreira construída com versatilidade e carisma

Julian McMahon conquistou o público em diferentes gêneros e mídias ao longo de mais de três décadas de carreira. Natural de Sydney, Austrália, ele iniciou sua trajetória como modelo antes de migrar para a atuação. O primeiro grande papel internacional veio com a série “Charmed”, onde interpretou o misterioso Cole Turner, uma mistura de vilão e anti-herói que se tornou um dos personagens mais memoráveis da série.


Mas foi com o papel do cirurgião plástico Dr. Christian Troy, na aclamada série “Nip/Tuck” (2003–2010), que Julian se consolidou como ator de drama. Sua atuação foi marcada por intensidade, charme e complexidade emocional, rendendo-lhe reconhecimento da crítica e uma base de fãs sólida. O personagem foi símbolo de uma era na televisão, em que se exploravam os limites éticos da beleza e da fama.


Do mundo místico à Marvel: o vilão de “Quarteto Fantástico”

Julian também ficou conhecido por interpretar o vilão Victor Von Doom, o temido Dr. Destino, nos filmes “Quarteto Fantástico” (2005) e “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” (2007). A escolha do ator para o papel causou grande entusiasmo na época, e sua performance ajudou a consolidar sua presença no universo cinematográfico de super-heróis.


Apesar de os filmes terem recebido críticas mistas, a figura de McMahon como antagonista carismático foi um dos pontos altos das produções. Sua capacidade de transitar entre o charme e a ameaça tornou Dr. Destino um vilão memorável da década.


Últimos trabalhos e aparições públicas

Mesmo longe dos holofotes mais intensos nos últimos anos, Julian seguiu atuando. Um de seus papéis mais recentes foi na série “FBI: Most Wanted”, em que interpretou o agente Jess LaCroix durante três temporadas. Sua saída da série em 2022 foi marcada por homenagens emocionadas dos colegas de elenco e da equipe de produção.


Mais recentemente, Julian McMahon participou do Festival de Cannes, onde esteve para promover o filme “The Surfer”, no qual contracena com Nicolas Cage. O longa prometia trazer o ator de volta ao cinema com força total, reafirmando seu talento em papéis intensos e dramáticos.


O impacto de sua partida

A notícia da morte de Julian McMahon pegou fãs e colegas de surpresa. Por ter mantido sua luta contra o câncer em sigilo, muitos não imaginavam que o ator enfrentava um momento tão delicado. A comoção tomou conta das redes sociais, com homenagens vindas de todas as partes do mundo.


Fãs lembraram suas falas marcantes em “Charmed”, os monólogos de Christian Troy em “Nip/Tuck” e a imponência sombria de Victor Von Doom. Muitos mencionaram não apenas seu talento como ator, mas também sua generosidade nos bastidores e o respeito com que tratava os fãs em eventos e convenções.


Legado de talento e humanidade

Além de seu legado artístico, Julian McMahon deixa uma imagem de resiliência, elegância e sensibilidade. Filho do ex-primeiro-ministro da Austrália, Sir William McMahon, Julian sempre foi visto como alguém que escolheu trilhar um caminho próprio, longe da política, mas próximo das emoções humanas, da arte e da conexão com o público.


Mesmo em seus papéis mais sombrios, havia uma luz. Um olhar que transmitia profundidade, dor, desejo — tudo ao mesmo tempo. Julian tinha um dom raro: fazer com que seus personagens permanecessem com o público muito depois que a tela escurecesse.


Um ator que viveu intensamente

Julian McMahon viveu intensamente, dentro e fora das telas. Seus personagens foram espelhos das complexidades humanas, e sua morte deixa um vazio no coração de muitos. Ao relembrarmos sua carreira, não vemos apenas um ator — vemos um artista que nos fez rir, chorar, refletir… e, sobretudo, sentir.


Que sua memória siga viva, não apenas pelos seus personagens, mas pela humanidade que deixou registrada em cada cena.


Descanse em paz, Julian. Seu brilho segue conosco.

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