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Luto no futebol: Diogo Jota e o irmão André Silva morrem em trágico acidente de carro na Espanha

  • Foto do escritor: Manú Cárvalho
    Manú Cárvalho
  • 3 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 4 de jul.

NA DISPUTA!Por Manu Cárvalho


Diego Jota
Reprodução/ Sky Sports

O futebol europeu amanheceu em choque nesta quinta-feira (3). O atacante português Diogo Jota, de 28 anos, e seu irmão, André Silva, de 25, perderam a vida em um grave acidente de carro próximo a Zamora, na Espanha. A tragédia ocorreu na madrugada, quando os irmãos viajavam pela autoestrada A-52 a bordo de um Lamborghini Huracán. Ambos morreram no local.


Segundo informações da Guarda Civil espanhola, o carro esportivo sofreu um estouro de pneu durante uma ultrapassagem em alta velocidade, saiu da pista, bateu contra um barranco e pegou fogo. O impacto foi devastador. Nenhum dos ocupantes resistiu. O acidente ocorreu no trajeto entre Porto e Santander, onde embarcariam em uma balsa com destino à Inglaterra — o que já revela um dado comovente: Diogo não podia viajar de avião por conta de uma cirurgia pulmonar recente.


Diogo Jota: uma carreira marcada por superação, talento e humildade

Diogo Jota nasceu em 4 de dezembro de 1996, em Massarelos, Portugal. Começou sua carreira no Paços de Ferreira, e passou por clubes como Atlético de Madrid, Porto e Wolverhampton, até chegar ao Liverpool, onde se firmou como um dos atacantes mais respeitados da Premier League. Na seleção portuguesa, foi peça importante na conquista da Liga das Nações de 2025 e acumulava 49 jogos e 14 gols com a camisa nacional.


Além do craque dentro de campo, Jota era conhecido por sua dedicação, discrição fora dos gramados e forte laço com os fãs. Recentemente, havia se casado com Rute Cardoso, com quem deixa três filhos pequenos. O casamento, realizado há apenas 15 dias, havia sido celebrado nas redes como um novo capítulo de felicidade na vida do jogador — que, agora, ganha um tom de tragédia.


André Silva: uma promessa silenciada pelo destino

André Silva, irmão mais novo de Diogo, tinha apenas 25 anos. Atacante do Penafiel, clube da segunda divisão portuguesa, vinha se destacando com atuações sólidas e era visto como uma promessa em ascensão. Tinha planos de migrar para uma liga maior, talvez até acompanhar o irmão em um futuro próximo no futebol inglês.


A ligação entre os dois sempre foi muito forte — dentro e fora de campo. Os dois eram frequentemente vistos juntos em jogos, treinos e momentos de lazer. “Viviam como irmãos, jogavam como amigos”, escreveu um fã nas redes. Uma vida inteira de sonhos interrompida em segundos.


Homenagens emocionadas e comoção global

O Liverpool FC se pronunciou poucas horas após a confirmação das mortes, declarando estar “devastado com uma perda inimaginável”. No estádio de Anfield, torcedores espontaneamente deixaram flores, velas e camisas do clube em frente ao portão principal.

A Federação Portuguesa de Futebol também prestou homenagem oficial, decretando luto de três dias e organizando um minuto de silêncio em todos os jogos do final de semana. Clubes de todo o mundo, como Porto, Wolves, Benfica, Real Madrid e PSG, manifestaram apoio nas redes sociais.


Jogadores como Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e o técnico Jürgen Klopp publicaram mensagens comoventes, relembrando a alegria, o profissionalismo e o talento de Diogo. Klopp escreveu: “Perdi não só um jogador incrível, mas um ser humano maravilhoso.”


Investigações e questões de segurança viária

As autoridades espanholas informaram que o acidente foi provocado por um estouro de pneu em alta velocidade, o que fez com que o veículo perdesse controle, colidisse com um barranco e pegasse fogo. Os corpos foram carbonizados e só puderam ser identificados por exames forenses.


A tragédia reacendeu discussões sobre os riscos de conduzir carros esportivos de alta potência em rodovias tradicionais, e sobre a responsabilidade da manutenção de pneus e suspensão em veículos que trafegam a mais de 200 km/h.


Um legado que vai além do futebol

Diogo Jota não será lembrado apenas pelos gols marcantes, como o contra o Manchester United em 2022 ou o hat-trick sobre o Atalanta em 2020. Será lembrado pelo garoto sorridente que veio do interior de Portugal para conquistar a Europa — e fez isso com humildade, entrega e paixão.


Seu irmão, André, levava no olhar o brilho de quem ainda tinha muito por viver e conquistar. Ambos saíram cedo demais, mas o que deixam é eterno.


Nossos pensamentos estão com a família, amigos, companheiros de time e todos que, de alguma forma, foram tocados por suas trajetórias.

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