O mundo da beleza está vivendo uma revolução. O que antes era dominado por gigantes tradicionais, agora tem sido palco de uma nova dinâmica: influenciadoras digitais estão criando e consolidando suas próprias marcas, conquistando o público e dividindo prateleiras com empresas centenárias.
A ascensão da beleza e das marcas de influenciadoras
Francine Elhke , Mari Maria e Pamella (Foto: Reprodução/Instagram/@FrancineElhke/@MariMaria/@ByPamella)
Não é mais surpresa ver nomes como Bruna Tavares, Bianca Andrade (Boca Rosa), Mari Maria, Franciny Ehlke e Karen Bachini liderando listas de produtos mais vendidos no varejo. A marca BT, da influenciadora Bruna Tavares, por exemplo, está entre as mais procuradas do marketplace Beleza na Web, competindo diretamente com gigantes como L'Oréal, fundada em 1909.
O que explica esse fenômeno? Autenticidade e conexão. Diferente das tradicionais campanhas publicitárias, as influenciadoras têm um canal direto com seu público. Seus seguidores acompanham não apenas os produtos, mas também a história por trás de cada lançamento, criando uma relação de confiança e lealdade.
Brasil: um mercado pronto para essa transformação
Não é coincidência que esse movimento esteja se fortalecendo no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o país é o 4º maior mercado consumidor de beleza do mundo e o 2º em lançamentos de produtos.
Outro dado impressionante: o Brasil tem mais de 10 milhões de influenciadores digitais, o que coloca o país na segunda posição global, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo levantamento da Nielsen. Diante desse cenário, a transição do marketing de influência para o empreendedorismo tornou-se um caminho natural.
Camila Coutinho: pioneira e exemplo de reinvenção
A influenciadora Camila Coutinho, criadora do blog Garotas Estúpidas, foi uma das primeiras a explorar esse mercado. Mas sua entrada no setor de beleza veio após uma situação inesperada.
"Um dia, uma seguidora me mostrou uma empresa de produtos para cabelos chamada Garota Estúpida, que estava crescendo no mercado e fechando parcerias com famosos", relembra Camila. O nome era, evidentemente, um plágio de seu blog. Após tomar as medidas legais cabíveis, ela decidiu transformar esse desafio em uma oportunidade e criou sua própria marca de cosméticos capilares, GE Beauty.
A tendência das marcas pessoais no varejo de beleza
(Fotos: Reprodução/Instagram/@ByPamella/@BrunaTavares/@BocaRosaBeauty/@MariMaria/KarenBachiniBeauty)
Não é apenas Camila Coutinho que viu potencial no setor. Cada vez mais influenciadoras estão apostando em suas próprias linhas de maquiagem, skincare e haircare, combinando qualidade, tecnologia e preços competitivos.
Nos corredores das farmácias e marketplaces online, já é possível encontrar linhas assinadas por nomes como Anitta, Ana Hickmann e Mari Saad, reforçando essa tendência.
A explicação? O público não quer apenas um produto de beleza, mas uma história, uma identidade e uma relação mais próxima com quem assina a marca.
O futuro do mercado de beleza
A ascensão das marcas de influenciadoras mostra que o mercado está se transformando. O futuro da beleza passa pela autenticidade, pela digitalização e pela proximidade com o consumidor.
Com influenciadoras cada vez mais engajadas e conectadas com seu público, a tendência é que esse movimento continue crescendo, trazendo mais inovação e mudando o jogo para as grandes indústrias do setor.
Se antes elas apenas recomendavam produtos, hoje elas criam, inovam e transformam o mercado da beleza.
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