O fim das “eras” no pop? Por que os álbuns hoje duram menos tempo no hype
- Lu Térgilêne
- 11 de ago.
- 2 min de leitura
🍒 Hello minhas cherries, tudo bem?

Já percebeu que, ultimamente, a gente mal aprende todas as músicas de um álbum e o artista já tá anunciando outra coisa? É como se o “período” de um projeto — aquela fase com estética, clipes, turnê e narrativa — tivesse virado uma corrida contra o relógio. Se antes a gente vivia imerso na era de um disco por meses ou até anos, hoje parece que tudo passa na velocidade de um vídeo no For You.
Mas, calma… isso não é só impressão sua. O mundo da música mudou, e muito. Antes, artistas como Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna e até Sandy & Junior conseguiam construir um universo inteiro em torno de um álbum. A gente esperava ansioso pelo clipe novo, acompanhava o figurino da turnê, via as entrevistas e, de quebra, colecionava revistas e fotos. Era um ritual.
Hoje, com a influência das redes sociais — principalmente TikTok e Instagram — o público é “treinado” para consumir rápido e seguir em frente. Uma música que explode hoje pode ser esquecida daqui a três semanas. E, com isso, até os artistas se adaptaram: lançam singles soltos, EP's relâmpago e até “versões deluxe” poucos meses depois, só pra manter o interesse vivo.
Exemplo prático: lembra quando Olivia Rodrigo lançou Sour? Foi uma avalanche de conteúdos: clipes, versões acústicas, merch, tudo em poucos meses. Mas logo ela já estava no Guts. Ou quando a Anitta soltou vários singles antes de fechar um álbum — porque a atenção do público já não segura tanto tempo num projeto único.

E a pergunta que não quer calar: isso é bom ou ruim para o pop?
Por um lado, é incrível ter novidades o tempo todo. Dá aquela sensação de que a música tá sempre pulsando, sempre atual. Mas, por outro, perdemos o mergulho profundo que uma “era” proporcionava. Hoje, a estética de um projeto às vezes nem tem tempo de se firmar antes de ser substituída.
Talvez o desafio seja encontrar um meio-termo: continuar alimentando o público com novidade sem matar a imersão que torna uma era inesquecível. Porque, no fim, a gente pode até gostar de velocidade… mas sempre vai sentir falta daquele álbum pop que a gente viveu intensamente do início ao fim.
Beijinhos e até a próxima.
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