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[OPINIÃO] Gerson: Quando ser esquecido vira plano de carreira

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    Da redação
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Por Elaine D’Ávila

Ele já foi chamado de “Coringa”, já teve o nome gritado por milhares, já foi destaque no meio-campo mais vitorioso da história recente do Flamengo. Mas agora, Gerson escolhe outro caminho: o do silêncio bem remunerado.

Gerson - Créditos: Flamengo
Gerson - Créditos: Flamengo

A ida para o Zenit, da Rússia, pode parecer, à primeira vista, só mais uma transferência internacional. Mas não é. É o retrato de uma decisão clara: abrir mão da relevância esportiva em troca de um contrato gordo. Aos 28 anos, com vaga cativa no elenco rubro-negro e com espaço na Seleção Brasileira, Gerson diz adeus a tudo isso por um clube com pouca expressão fora da Rússia — fora das competições europeias, fora do radar da mídia internacional, fora do jogo.

No Flamengo, ele tinha palco. Agora, tem salário. É uma escolha. Fria, calculada, confortável. Mas com consequências.

Não é a primeira vez que ele parte. Da última vez, o arrependimento bateu e o retorno foi triunfal, com festa da torcida e recepção calorosa. Desta vez, não. Desta vez, o clube não está mais de braços abertos. E a torcida, cansada de ser usada como escada emocional, também virou a página.

A idolatria no futebol não sobrevive a todas as escolhas. O tempo passa. Os nomes se apagam. E Gerson, que parecia escrever um capítulo sólido na história do Flamengo, decidiu trocar o livro pela conta bancária.

É justo querer mais dinheiro. É legítimo buscar segurança. Mas é bom lembrar que há valores que não voltam. O respeito, o carinho e o lugar na memória afetiva de uma torcida — esses não têm cláusula de recompra.

Gerson foi embora. Com o bolso cheio. E, talvez, com o nome ficando cada vez mais longe do que ele já representou.

 

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