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Ozzy Osbourne já fez show com a camisa do Flamengo no Rio

  • Foto do escritor: Manú Cárvalho
    Manú Cárvalho
  • 23 de jul.
  • 3 min de leitura

Por Manu Cárvalho

Ozzy Osbourne
Reprodução / CR Flamengo

O rock perdeu na última terça-feira (22) um de seus nomes mais emblemáticos: Ozzy Osbourne, ex-vocalista do Black Sabbath e figura lendária do heavy metal, faleceu aos 76 anos. Mas a despedida do “Príncipe das Trevas” também é marcada por uma memória especial para os brasileiros — mais precisamente para os cariocas e torcedores do Flamengo.


Em uma das passagens mais marcantes de Ozzy pelo Brasil, durante apresentação no Rio de Janeiro, o cantor surpreendeu o público ao subir ao palco vestindo a camisa rubro-negra. O gesto, espontâneo e carregado de simbolismo, foi recebido com gritos, aplausos e lágrimas por fãs que viram ali uma conexão única entre o astro internacional e a cultura brasileira.


O show inesquecível no Rio

A cena aconteceu em uma das edições históricas do festival Rock in Rio, no início dos anos 2000. Ozzy, sempre performático, não hesitou em demonstrar carinho pelo público brasileiro — que, por sua vez, o adotou como um verdadeiro ídolo.


Vestido com o manto sagrado do Flamengo, o vocalista atraiu ainda mais atenção e ganhou o coração até de quem não era fã do gênero musical. A atitude foi vista por muitos como uma homenagem direta ao calor e à paixão que encontrou nos palcos cariocas.


Na ocasião, milhares de fãs vibraram enquanto ele cantava clássicos como "Crazy Train", "Mr. Crowley" e "Paranoid". O momento virou símbolo de uma relação afetiva entre o Brasil e Ozzy, que se repetiu em outras visitas e deixou marcas emocionais profundas.


De Birmingham ao mundo — e ao Maracanã

Nascido em Birmingham, na Inglaterra, John Michael Osbourne começou sua jornada como cantor nos anos 1960, fundando o Black Sabbath em 1969. Com a banda, revolucionou a música ao criar um novo estilo — pesado, sombrio, provocador — que viria a ser batizado de heavy metal.


Mas Ozzy sempre foi mais do que apenas um cantor. Era um performer nato, um contador de histórias, uma força criativa desafiadora e, sobretudo, um homem que sabia como se conectar com seu público — não importa o idioma, a cultura ou o continente.


Sua conexão com o Brasil ficou clara ao longo das décadas. Além dos shows memoráveis no Rock in Rio, ele também se apresentou em turnês solo por cidades como São Paulo, Porto Alegre e Curitiba, sempre com ingressos esgotados e fãs à espera por horas nas filas.


A relação com o futebol

Apesar da camisa do Flamengo ter marcado sua passagem pelo Brasil, Ozzy era torcedor declarado do Aston Villa, tradicional clube inglês com sede em sua cidade natal. Ele chegou a visitar os vestiários do clube, participar de campanhas e gravar vídeos de apoio ao time.


Mas o ato de vestir a camisa do Flamengo foi além do futebol. Representou um gesto simbólico de respeito e conexão com a cultura brasileira — algo que artistas internacionais nem sempre conseguem transmitir de forma tão genuína.


Para os flamenguistas, foi como ver um irmão distante reverenciando o símbolo mais amado. Para os fãs de rock, foi o momento em que o palco virou arquibancada — e a música virou torcida.


Uma lembrança rubro-negra no coração do rock

Com sua voz rouca, seus trejeitos excêntricos e sua autenticidade inabalável, Ozzy foi — e sempre será — um dos pilares do rock mundial. E para os brasileiros, há um detalhe extra que jamais será esquecido: ele vestiu a camisa do Flamengo no palco. E naquele momento, mesmo sem dizer uma palavra, ele disse tudo.


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