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PRECISAMOS FALAR SOBRE RECICLAGEM NO RIO DE JANEIRO

  • Foto do escritor: Rafaela Grande
    Rafaela Grande
  • 13 de jun.
  • 2 min de leitura

Cooperativas no Rio de Janeiro: Transformando Lixo em Oportunidade.

Por: Rafaela Grande

Fotos: Márcia Socorro dos Santos e arquivo pessoal


As cooperativas de reciclagem são instituições responsáveis por realizar um conjunto de ações em diferentes etapas, como recebimento dos materiais, triagem e destinação final dos resíduos sólidos para reciclagem ou aterro, sendo este último apenas quando não há solução de reaproveitamento.

No Brasil, somente 4% de todo lixo passa por esse processo de reciclagem ou reaproveitamento, segundo a Abrelpe, Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. A Cootrabom, (Cooperativa dos Trabalhadores de Bonsucesso), é um grupo organizado de catadores de materiais recicláveis, localizado no bairro de Bonsucesso, no Complexo da Maré, Rio de Janeiro, RJ.

Entrada da Cooperativa. Foto: Luiz Carlos Saldanha
Entrada da cooperativa Cootrabom. Foto: Luiz Carlos Santiago

Luiz Carlos Santiago, fundador da Cooperativa dos Trabalhadores do Complexo de Bonsucesso Ltda (COOTRABOM) no município do Rio de Janeiro, nos contou um pouco da importância das Cooperativas de reciclagem na cidade. Em 04/05/2002 a Cooperativa foi pensada na comunidade da Maré, foi idealizada pela incubadora tecnológica de cooperativas populares / UFRJ – ITCP, e a atuação foi pautada na educação ambiental da comunidade, e com satisfação observamos o trabalho pioneiro ter sequência.

Fundada oficialmente no ano de 2002, a cooperativa trabalha coletando materiais recicláveis de estabelecimentos comerciais, escritórios e condomínios em todas as regiões da cidade. Atende inclusive a órgãos públicos, como o BNDES, através do Decreto federal 5.940/2006, que obriga instituições do governo a realizar a coleta seletiva e destinar os recicláveis para as cooperativas de catadores. Além do trabalho de coleta regular, este grupo está envolvido em outras atividades: Destinação adequada de resíduo e faz um trabalho social muito importante com os moradores em situação de rua nas redondezas do galpão da cooperativa.

As catadoras Léia e Carina selecionando os recicláveis. Foto: Divulgação
As catadoras Léia e Carina selecionando os recicláveis. Foto. Divulgação

Com muito esforço, dedicação e amor pelo que faço, hoje estou à frente da Cootrabom como presidente. É uma grande responsabilidade, mas também uma enorme honra. Mais do que um trabalho, é uma missão: gerar trabalho e renda para outros catadores, fortalecer nossa luta e mostrar que é possível transformar vidas por meio da reciclagem e da união. A Cootrabom não é só um lugar onde se trabalha — é um espaço de crescimento, de conquista e de esperança”, afirma Luiz Carlos.

Apesar das perspectivas positivas que a Política Nacional de Resíduos Sólidos e, a nível estadual, o Pacto pela Reciclagem provavelmente trarão às cooperativas, a realidade atual ainda é de muita dificuldade de operação. No entanto, as iniciativas de apoio ainda são incipientes. No caso da Cootrabom não é diferente. Atualmente, a cooperativa busca novas parcerias para se desenvolver e desenvolver também a atividade da reciclagem no Rio de Janeiro.

Minha luta sempre foi pelo trabalho digno dos catadores de materiais recicláveis, sejam os cooperados ou não. Sofri muitas perseguições por causa do meu trabalho, muitas incompreensões. Me formei em técnico em meio ambiente e prossigo na luta”, comenta Luiz Santiago.

Presidente Luiz Carlos Saldanha na cooperativa com os catadores de recicláveis. Foto: Márcia Socorro dos Santos
Presidente Luiz Carlos Saldanha na cooperativa com os catadores de recicláveis. Foto. Márcia Socorro dos Santos


 

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