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Reciclagem de vidro no Rio supera média nacional e se torna referência em economia circular

  • Foto do escritor: Da redação
    Da redação
  • 7 de mai.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 9 de mai.


Reciclagem de vidro no Rio supera média nacional e se torna referência em economia circular
Fábio Ferreira, CEO da Circula Vidro - Crédito: Neide Amaro/Divulgação

Rio de Janeiro – Em tempos de urgência ambiental e busca por soluções sustentáveis, o Rio de Janeiro acaba de conquistar um feito expressivo: ultrapassou a média nacional na reciclagem de embalagens de vidro, de acordo com o relatório da Circula Vidro, entidade gestora reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente. Em 2024, enquanto o Brasil registrou um índice de 25,1% de reciclagem dessas embalagens, o estado do Rio atingiu a marca de 29,99%.

O dado não é apenas um número — representa um avanço real na direção da economia circular, conceito que propõe o reaproveitamento contínuo de recursos e o redesenho dos processos produtivos. E mais: cada seis toneladas de vidro reciclado evitam a emissão de uma tonelada de CO₂, contribuindo diretamente para a redução do impacto climático.

Fábio Ferreira, CEO da Circula Vidro, vê o Rio como uma vitrine do que o Brasil pode alcançar.

“O Rio de Janeiro é uma das unidades da federação que mais recolhe e dá a destinação correta às embalagens de vidro, num avanço necessário para a gestão dos resíduos sólidos no Brasil”, afirma.

A Circula Vidro é atualmente a única entidade no país responsável pela coordenação da logística reversa de embalagens de vidro. Ela surgiu da união entre a Abividro (Associação Brasileira da Indústria do Vidro), a Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas) e o Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja) — setores que estão diretamente ligados à produção e consumo de produtos envasados nesse material.

Mas o protagonismo do vidro vai além da reciclagem: ele é, segundo especialistas, o material mais nobre quando se trata de reaproveitamento. “Começamos a gerar resíduos de vidro ainda bebês, com a mamadeira. O vidro é 100% reciclável e pode ser reaproveitado infinitas vezes. É, de fato, protagonista da economia circular”, destaca Ferreira.

Para quem vive em cidades como o Rio, essa evolução representa mais do que um dado técnico — é um respiro de esperança. Em meio à rotina urbana, onde toneladas de resíduos são geradas todos os dias, saber que o estado está acima da média nacional no reaproveitamento de um material tão importante é motivo de orgulho. E também um convite à reflexão: o que mais podemos fazer para transformar o lixo em oportunidade?

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a meta nacional é ambiciosa: alcançar, até 2030, pelo menos 40% de reciclagem de embalagens de vidro em todo o território brasileiro. Isso exigirá esforço conjunto entre empresas, governos, consumidores e cooperativas de catadores. E o Rio, ao que tudo indica, está disposto a continuar liderando esse movimento.

A boa notícia é que cada um pode participar. Separar corretamente o lixo, dar prioridade a produtos em embalagens de vidro e cobrar políticas públicas mais eficazes são ações simples, mas poderosas.

Em tempos em que sustentabilidade deixou de ser tendência e se tornou necessidade, a experiência carioca mostra que é possível avançar — e rápido. O desafio agora é manter o ritmo e inspirar o restante do país.

Você sabia?

O vidro pode ser reciclado infinitas vezes sem perder suas propriedades físicas e químicas. E ao contrário do plástico, que muitas vezes é reciclado apenas uma ou duas vezes, o vidro oferece um ciclo virtuoso real — desde que seja recolhido corretamente.

Para mães preocupadas com o futuro dos filhos, jovens engajados com o meio ambiente ou empresários atentos às novas economias: essa pauta diz respeito a todos nós.

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