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Vasco empata com o Del Valle e dá adeus à Sul-Americana

  • Foto do escritor: Manú Cárvalho
    Manú Cárvalho
  • 23 de jul.
  • 2 min de leitura

Torcida se frustra com atuação apática e cobra respostas do elenco e diretoria NA DISPUTA!Por Manu Cárvalho

Vasco
Foto: Matheus Lima/Vasco

Não é só futebol. Para o torcedor do Vasco, cada partida é uma tentativa de reconciliação com a esperança. Mas na noite desta terça-feira, 22 de julho de 2025, ela mais uma vez foi traída em São Januário. O empate por 1 a 1 com o Independiente del Valle, que confirmou a eliminação precoce na Copa Sul‑Americana, escancarou os problemas técnicos de um elenco desequilibrado — e o abismo emocional entre clube e torcida.


Um roteiro repetido demais

Desde o início do ano, o Vasco vive entre lampejos e frustrações. A expectativa carregada da torcida, alimentada pela vitória sobre o Fortaleza no Brasileirão, rapidamente se dissipou. Frente ao Del Valle, o time até tentou pressionar, mas os erros básicos, a afobação e as falhas mentais se impuseram.


Spinelli abriu o placar no primeiro tempo com um belo peixinho, após falha na bola parada. Vegetti empatou com cabeça já no segundo tempo, mas o resultado agregado – 4 a 1 favorável ao Del Valle – fez com que o empate fosse insuficiente.


O torcedor virou protagonista... do silêncio

A partida tinha clima de reencontro: São Januário cheio, torcida confiante — até que, durante o segundo tempo, os organizados se viraram de costas ao campo por alguns minutos, em protesto silencioso e poderoso. Um grito contido de quem já pagou ingresso, se entregou ao canto, mas só encontrou eliminação.


E quando o árbitro apitou o fim, não houve vaias estrondosas. Só o silêncio. Um silêncio que fala mais alto que qualquer grito: de quem já perdeu a voz de tanto lamentar.


Técnico pressionado, elenco sob suspeita

Fernando Diniz, no comando há menos de dois meses, ainda não conseguiu implementar um modelo de jogo eficaz. As substituições não surtem efeito e a organização ofensiva segue fraca.


O elenco, reformulado com investimentos em Sforza, Rojas e Payet, ainda não mostrou coesão. Faltam entrosamento, intensidade e, principalmente, confiança – resultando num time apático, que não parece entender a urgência do momento.


E agora, o que resta?

Sem Sul‑Americana e sem Copa do Brasil, ao Vasco resta focar no Campeonato Brasileiro para evitar o segundo rebaixamento em três temporadas. A equipe já se encontra em 16º lugar na tabela, à beira da zona de queda.


Para reverter o cenário, o clube precisará revisar imediatamente sua política de contratações, planejamento esportivo e comunicação com a torcida — que agora se sente ignorada, mas segue no limite da paciência.


Um grito contido

A história do Vasco é feita de superações, títulos imponentes e dias de reconstrução. Mas este elenco, esta comissão técnica e esta direção ainda não honram o peso da camisa. A Sul‑Americana se foi, e com ela, parte da voz da torcida.


O próximo desafio é no domingo, dia 27 de julho de 2025, quando o Vasco visita o Internacional, às 18h30 (horário de Brasília), no Beira‑Rio — pela 17ª rodada do Brasileirão.

Se até os mais apaixonados começam a perder a voz, é porque algo precisa mudar. Urgentemente.

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