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99 APRESENTA: IVETE CLAREOU

  • Foto do escritor: Rafaela Grande
    Rafaela Grande
  • há 1 dia
  • 4 min de leitura

Quando o samba vira casa, memória e movimento


Por Âmbar Chalub Rani


Há algo profundamente brasileiro no gesto de reunir pessoas em torno de um ritmo que existe como memória, território e alegria. E é exatamente isso que acontece neste sábado, 22 de novembro, no Rio de Janeiro, quando estreia a turnê “99 apresenta: Ivete Clareou”, um projeto que devolve Ivete Sangalo ao seu ponto de partida (o samba) e reafirma a força desse ritmo como linguagem cultural, espaço de pertencimento e, sobretudo, de futuro.


Ivete Sangalo apresenta Clareou em BH (Divulgação)
Ivete Sangalo apresenta Clareou em BH (Divulgação)

A iniciativa, apresentada pela 99, faz mais do que assinar um show: ela costura experiência, afeto e política cultural, numa celebração que honra as raízes de Ivete e os caminhos que a música brasileira abre quando encontra quem a sente de verdade.

O Samba Como Lugar de Origem

Aos três anos, Ivete decorou pela primeira vez uma música inteira: “Conto de Areia”, de Clara Nunes. Tropeçava nas palavras, sim, mas tropeços de criança também são prenúncios de destino. Foi dessa pequena confusão que nasceu o apelido “Veveta marexeira”, e talvez ali, naquele canto desafinado de menina, tenha começado a trajetória que hoje chega ao palco da Marina da Glória com a força de quem sabe de onde veio.

“O samba pulsa em minhas veias. É como se ele falasse comigo desde sempre”, diz Ivete — e quem a acompanha há mais de três décadas sabe que é verdade.

O nome “Clareou” não é apenas homenagem: é confissão afetiva. É a artista abrindo a janela para o sol que sempre esteve ali, iluminando sua musicalidade com as cores do Brasil que a formou — samba, choro, bossa, percussão, Nordeste, ancestralidade.

O Projeto: Um Samba Que Move e Alimenta

A 99 mergulha no universo do samba com o mote “O samba movimenta, o samba alimenta”, e transforma o entorno do show em um espaço de celebração da cultura.

Entre as ativações confirmadas:

  • Boteco 99, com roda de samba do grupo @sambaquelasquerem, das 14h às 16h30;

  • Podcast exclusivo “O Samba Tá Comendo”, comandado por Regina Casé com participação da cantora Marvvila, em um papo que costura memória, identidade e contemporaneidade;

  • Cabine 360º, para transformar o público em protagonista da festa;

  • Cupom IVETECLAREOU, com 50% de desconto em corridas no 99Pop, 99Pop Expresso e 99Moto (máx. R$ 8), válido uma vez por CPF;

  • Área exclusiva de embarque e desembarque, garantindo segurança e conforto — algo cada vez mais urgente nos grandes eventos do país.

É um show que começa antes do palco.

E, convenhamos, isso também é política pública de cultura, mesmo que financiada pela iniciativa privada. É acesso, facilitação, democratização de chegada e saída. É olhar para o público como parte essencial da experiência.

Uma Turnê Que É Homenagem e Manifesto

O palco de “Ivete Clareou” não é só palco: é casa. É terreiro. É lembrança de pai e mãe apaixonados por música. É Brasil profundo.

Com apresentações no Rio de Janeiro (22/11), Salvador (30/11) e Porto Alegre (13/12), a turnê nasce de um desejo íntimo da artista, e encontra ressonância em quem ama samba, música popular e celebrações que fortalecem identidades.

“O samba precisa ser sentido, e é isso que vamos viver juntos, ao mesmo tempo, nessa turnê. Sentiremos o samba.” Ivete Sangalo

Tiago Maia, sócio da Super Sounds, empresa que idealiza e executa o projeto junto à IESSI, reconhece a força do momento:

“Ivete nos mostra seu talento plural. Perdemos as contas de quantas vezes ela falou do seu amor pelo samba. Queremos que ‘Ivete Clareou’ seja uma plataforma de conexão genuína com todos os apaixonados pelo gênero.”

Ivete Clareou: Entre Música, Estilo de Vida e Cultura Pop

A turnê é também um retrato da artista que Ivete se tornou — e do público que ela formou. Um público que transita entre ritmos, territórios, narrativas. Que quer dançar, sim, mas também quer entender e sentir.

Ao transformar a experiência do show em algo que integra marcas, ativação cultural, memória familiar, brasilidade e afeto, ela reconecta o samba à sua função social original: ser ponto de encontro.

E ponto de encontro é sempre política.

Quando a Música Costura Pontes

Vivemos em um país que ainda insiste em disputar identidades ao invés de celebrá-las. Em que ritmos, territórios e corpos seguem sob constante disputa simbólica. E é por isso que um projeto como esse importa.

Porque o samba, como cultura, é resistência. Como ritmo, é ancestralidade. Como comportamento, é alegria insurgente. Como estilo de vida, é pertencimento.

E quando uma artista como Ivete se coloca diante dessa história, não é só um show: é diálogo com todas as vozes que vêm antes. É ponte entre passado, presente e futuro.

Por fim

Em tempos em que a cultura precisa gritar para existir, o samba segue como o ritmo que não pede licença: ele chega, ilumina e abraça.

E talvez essa seja a pergunta que “Ivete Clareou” deixa pairando sobre nós:

O que acontece quando uma sociedade começa a sentir, de novo, aquilo que há anos tenta esquecer?

O samba sabe a resposta. E Ivete, mais uma vez, decidiu cantá-la.


Ingressos disponíveis no site da Ingresse.

Acompanhe novidades em @iveteclareou.

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