Uma noite histórica na avenida que consagrou a escola como uma das favoritas ao título

O Carnaval do Rio de Janeiro 2025 mal começou, e já entrou para a história. Além da grandiosidade dos desfiles, a festa ganhou um novo dia na Marquês de Sapucaí. Agora, são três noites de puro espetáculo, com as escolas do Grupo Especial desfilando no domingo, segunda e terça-feira. E quem aproveitou esse novo momento com maestria foi a Imperatriz Leopoldinense, que encantou a Sapucaí e se consolidou como uma das grandes forças desta temporada.

A escola de Ramos, atual campeã do Carnaval, desfilou com a majestade que seu nome carrega e trouxe um enredo de forte impacto: “Ómi Tútu Ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón”, uma homenagem a Oxalufã, uma das faces de Oxalá, orixá da paz e da sabedoria. Um desfile carregado de espiritualidade, requinte e muita emoção.
Uma ode à cultura afro-brasileira

Desde o primeiro minuto, a Imperatriz mostrou que sua proposta era grandiosa. A comissão de frente, coreografada por Alex Neoral, fez uma atuação marcante ao representar a jornada de Oxalufã e sua relação com a água. Os bailarinos, em trajes brancos e azuis, interagiam com projeções holográficas que simulavam ondas e cachoeiras, criando um efeito mágico na avenida.
As fantasias, assinadas pelo carnavalesco Leandro Vieira, foram um show à parte. A leveza dos tecidos, o uso predominante do branco e tons aquáticos e os detalhes em ouro simbolizavam a pureza e o poder do orixá. Cada ala narrava um capítulo da história, destacando-se a ala das baianas, que giravam imponentes com saias bordadas à mão, lembrando a água corrente de Oxalufã.

E como falar da Imperatriz sem mencionar seus carros alegóricos? O abre-alas, representando um templo sagrado, trouxe uma estrutura monumental, com esculturas douradas e efeitos especiais que simulavam neblina e águas cristalinas. Já o carro final, intitulado "O Caminho da Paz", arrancou aplausos efusivos ao trazer um imenso espelho d'água, refletindo a imagem do próprio desfile.
A força de uma bateria impecável

A bateria, comandada pelo lendário Mestre Lolo, mais uma vez provou por que é uma das melhores do Carnaval. Os ritmistas trouxeram uma batida cadenciada, combinada com bossas inteligentes que enalteciam o samba-enredo. O público acompanhou cada paradinha e cada virada com entusiasmo.
A rainha de bateria, Iza, veio deslumbrante em uma fantasia inspirada nas águas sagradas de Oxalufã. Simpática, dançou com os ritmistas e esbanjou carisma do início ao fim.
Reação do público e favoritismo

A arquibancada cantou com a escola do começo ao fim. Era possível ver espectadores emocionados, especialmente nos momentos mais impactantes do enredo. Os jurados, atentos, não desgrudaram os olhos da evolução da Imperatriz, que desfilou com precisão, sem erros visíveis.

Se o Carnaval terminasse hoje, a escola de Ramos já teria uma das mãos na taça. Mas como o jogo continua aberto, resta aguardar o desenrolar dos próximos desfiles. De uma coisa ninguém tem dúvida: a Imperatriz Leopoldinense fez história na Sapucaí mais uma vez e reforçou sua posição como uma das favoritas ao título de 2025.
Agora é segurar a emoção até a apuração!
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