Na tarde da última quinta-feira (20), o rapper Oruam foi preso na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, após realizar uma manobra perigosa conhecida como "cavalo de pau" em frente a uma viatura da polícia. Além disso, ele estava dirigindo com a CNH suspensa. Depois de pagar uma fiança de R$ 60 mil, foi liberado na mesma noite.
Até aí, um caso comum de imprudência no trânsito. Mas o que chamou a atenção foi que, poucas horas depois de sair da delegacia, Oruam anunciou seu novo álbum, "Liberdade". Nas redes sociais, ele compartilhou imagens relacionadas à prisão para promover o lançamento, levantando suspeitas de que tudo não passava de uma estratégia de marketing.
A polícia também não descartou essa hipótese. De acordo com informações divulgadas, a manobra perigosa teria sido filmada por membros de sua equipe, e especula-se que as imagens possam fazer parte de um clipe. A ideia de uma "prisão planejada" se fortaleceu com o fato de que o álbum contém uma faixa chamada "Lei Anti-Oruam", referência a projetos de lei que tentam barrar eventos que fazem apologia ao crime e às drogas.
O rapper, por sua vez, negou qualquer estratégia. "Eu sou o artista de trap mais ouvido do Brasil e ninguém nunca quis me entrevistar. Agora por que querem? Marketing de quê?", declarou.
Oruam é filho de Marcinho VP, um dos principais líderes do Comando Vermelho, preso desde 1996. Em 2024, ele já havia causado polêmica ao se apresentar no Lollapalooza com uma camiseta estampada com o rosto do pai e a palavra "liberdade".
Se a prisão foi uma jogada de marketing ou não, ainda é um mistério. O que é certo é que o episódio rendeu um bom buzz para seu novo álbum e colocou o nome de Oruam nos holofotes novamente.
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