Santa Catarina em alerta: o Mistério do Refrigerante que Intoxicou 12 Pessoas
- Ana Soáres

- 22 de out.
- 2 min de leitura

O que era para ser um simples café da tarde terminou em correria, internações e uma investigação policial que ainda intriga as autoridades em Santa Cecília, no Oeste catarinense. Doze funcionários do Pronto-Socorro Central passaram mal após beberem refrigerante durante uma confraternização. A suspeita inicial: envenenamento.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os sintomas apareceram de forma repentina, vômitos, tontura, sonolência, dificuldade para falar e lapsos de memória. Entre os intoxicados estavam médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos e até um vereador. Oito deles chegaram a ser internados e receberam alta no último sábado (25), mas dois precisaram retornar ao hospital após novos sintomas.
As investigações avançam com cautela. A Polícia Civil prendeu uma mulher e o sobrinho dela, funcionário afastado da unidade. Ele havia sido suspenso no início de outubro, após uma denúncia de importunação sexual. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a mulher chega ao local carregando uma garrafa de dois litros de refrigerante, a mesma que foi servida minutos antes de todos passarem mal.
O laudo preliminar do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) de Santa Catarina, porém, não encontrou nenhuma substância tóxica no refrigerante. Ainda assim, o caso segue sob investigação. Amostras de sangue e urina das vítimas foram enviadas a São Paulo para análises mais detalhadas.
A pergunta que paira no ar é simples e perturbadora: o que, afinal, aconteceu naquele café? A ausência de toxinas conhecidas não elimina a possibilidade de contaminação. Pode haver substâncias ainda não detectadas, ou mesmo fatores psicológicos e ambientais combinados.
Enquanto os laudos definitivos não chegam, o mistério permanece. Uma confraternização entre colegas virou caso policial, e Santa Cecília, acostumada à rotina pacata do interior, agora vive dias de suspense.
O que era doce ficou amargo. E o refrigerante, símbolo de celebração, virou o protagonista de uma história que o país inteiro quer entender.







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