Brasil na Mira: EUA abrem investigação comercial que envolve Pix, pirataria e desmatamento
- Da redação

- 16 de jul.
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O governo dos Estados Unidos deu início a uma investigação formal contra o Brasil, alegando práticas comerciais que, segundo Washington, estariam prejudicando empresas norte-americanas. A ofensiva mira desde o sistema de pagamentos instantâneos Pix, até o comércio informal da tradicional rua 25 de Março, em São Paulo, passando por questões sensíveis como pirataria digital e desmatamento ilegal.
A ação, que parte do escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), foi motivada por pressões de entidades empresariais dos setores editorial, audiovisual e fonográfico. Elas alegam que o Brasil não vem cumprindo, de forma eficaz, compromissos internacionais em áreas como proteção à propriedade intelectual e acesso justo ao mercado digital.

O Pix, sistema público e gratuito de transferências instantâneas criado pelo Banco Central do Brasil, aparece no centro da discussão. Representantes norte-americanos argumentam que ele estaria criando barreiras injustas a empresas estrangeiras que atuam em meios de pagamento, uma queixa que levanta debate sobre soberania digital e autonomia financeira nacional.
Outro ponto delicado é o comércio informal na 25 de Março, símbolo da economia popular brasileira, mas frequentemente citado em denúncias de pirataria e contrabando. A investigação ainda menciona o avanço do desmatamento na Amazônia, especialmente em áreas de interesse comercial e extrativista, como uma das práticas que, segundo os EUA, desequilibram a competitividade internacional.
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas a iniciativa já acendeu o alerta em Brasília. A depender das conclusões da investigação, os EUA podem impor sanções comerciais ou restrições a produtos brasileiros, num momento em que o país tenta recuperar sua imagem no cenário global.
A Revista Pàhnorama seguirá acompanhando os desdobramentos deste processo, comprometida com a análise crítica, factual e estratégica dos impactos sobre a economia nacional, a soberania digital e o lugar do Brasil no jogo geopolítico internacional.







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