top of page

Caso de traição é exposto em telão durante show do Coldplay e vira escândalo global

  • Foto do escritor: Shayla Silva
    Shayla Silva
  • 25 de jul.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 1 de ago.

Vídeo viralizou, rendeu memes, discussões no LinkedIn e até renúncia de CEO: tudo começou com uma “kiss cam” inocente


Caso de traição
Reprodução / Internet

O que era para ser só mais um momento descontraído em um show do Coldplay virou um escândalo com repercussão internacional. Na última quarta-feira, 16 de julho, durante uma apresentação da banda britânica em Boston, Massachusetts (EUA), uma cena inusitada foi captada pela famosa “kiss cam” e acabou se transformando em um caso de traição exposto publicamente, com direito a vídeo viral, demissão de executivo e debates sobre ética no ambiente de trabalho.


Câmera do beijo flagra affair extraconjugal

A confusão começou quando a câmera do beijo do estádio focalizou o público e captou um casal em clima de romance. Até aí, tudo normal. O problema? Os dois estavam envolvidos em um suposto caso extraconjugal.

As imagens mostraram Andy Byron, então CEO da empresa de tecnologia Astronomer, acompanhado de Kristin Cabot, diretora de RH da mesma companhia. Ambos são casados com outras pessoas — e, ao perceberem que estavam sendo exibidos no telão, reagiram visivelmente constrangidos: Andy tentou sair do quadro se abaixando rapidamente, enquanto Kristin cobriu o rosto com as mãos.


A reação inusitada do “casal” imediatamente causou estranheza e despertou curiosidade entre o público presente, inclusive do próprio vocalista da banda, Chris Martin, que, sem graça diante da situação, comentou em tom de brincadeira: “Ou eles estão tendo um caso ou são muito tímidos”. Repercussão imediata: 120 milhões de visualizações e memes que chegaram até no LinkedIn

O flagra não demorou a cair na internet. A primeira pessoa a postar o vídeo foi a internauta Grace Springer, que registrou o momento e compartilhou nas redes sociais. Em entrevista ao The Sun, Grace comentou:

 “Eu não fazia ideia de quem era o casal. Só achei que vi uma reação interessante na câmera do beijo e decidi postar. Uma parte de mim se sente mal por virar a vida dessas pessoas de cabeça para baixo, mas, se faz algo fora das regras, precisa estar preparado para lidar com as consequências”.

O caso também invadiu o LinkedIn, rede social voltada ao mercado de trabalho, com usuários debatendo temas como ética profissional e relações extraconjugais no ambiente corporativo. Alguns até ironizam a situação levantando o debate de trabalho presencial x remoto, dizendo que o único motivo de alguém ainda insistir e defender a modalidade 100% presencial é caso tenha um(a) amante na empresa.

Créditos: Reprodução/LinkedIn (Gabe Bo)
Créditos: Reprodução/LinkedIn (Gabe Bo)

CEO renuncia ao cargo e diretora de RH também sai da empresa

Com a repercussão crescente, a Astronomer se pronunciou oficialmente: Andy Byron foi colocado inicialmente em licença e, logo depois, anunciou sua renúncia ao cargo de CEO. Em nota publicada no X (antigo Twitter), a empresa afirmou que seus líderes “devem dar o exemplo” em conduta e responsabilidade e que, recentemente, esse padrão não foi cumprido”.

“Nossos líderes são esperados para dar o exemplo em conduta e responsabilidade, e recentemente esse padrão não foi cumprido. Enquanto a percepção sobre a Astronomer pode ter mudado da noite para o dia, nosso produto e nosso trabalho com os clientes continuam os mesmos”, diz a nota divulgada."

Já Kristin Cabot, inicialmente apenas afastada do cargo de diretora de RH, também deixou a empresa uma semana após o ocorrido. A confirmação foi dada por um porta-voz da Astronomer ao site TMZ nesta última quinta (24). Segundo veículos como o New York Post, a decisão veio dias após a Astronomer dar início a  uma investigação interna na empresa sobre o caso. Traição e justa causa: o que dizem as leis trabalhistas?


O escândalo reacendeu discussões sobre relacionamentos amorosos entre colegas de trabalho, especialmente quando envolvem pessoas em posições de liderança. No Brasil, por exemplo, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não veda, por si só, esse tipo de envolvimento, mas especialistas explicam que empresas podem estabelecer políticas internas que proíbam relações entre chefes e subordinados.


Desse modo, demissões por justa causa podem ser consideradas válidas se houver quebra de regras internas, conflito de interesses ou prejuízo ao ambiente profissional. Entre as medidas comuns em políticas corporativas estão: impedir relações com hierarquia direta (como entre líderes e subordinados), exigir comunicação prévia ao RH, estabelecer condutas éticas como não demonstrar afeto em ambiente de trabalho, e, em alguns casos, realocar os envolvidos de setor.


“Casal” pode processar o Coldplay por invasão de privacidade?


Outra dúvida que surgiu nas redes foi sobre o direito do casal flagrado em processar o Coldplay por exposição indevida. De acordo com especialista ouvida pelo portal Terra, a resposta mais provável é não.


Nos EUA, ao comprar ingressos para grandes eventos, o público geralmente aceita termos contratuais que autorizam a captação de imagem, inclusive para exibição em telões. Além disso, a breve aparição no telão não está atrelada ao uso de imagem em merchandising ou propaganda, dessa maneira, não configura, por si só, uma violação de imagem ou uso indevido.


Contudo, ainda caberia processo em casos em que a exposição cause dano à honra ou constrangimento excessivo. Mas, mesmo nesses cenários, o trâmite judicial seria longo, custoso e com chances reduzidas de êxito, visto que o “flagrante” aconteceu em um local público.


O episódio mostrou como um simples momento de lazer pode sair do controle em questão de segundos, especialmente em tempos de viralização instantânea. A “kiss cam”, pensada para entreter o público, acabou jogando luz sobre questões delicadas da vida privada, gerando impactos reais na esfera profissional.


Entre memes, debates e demissões, o caso do show do Coldplay virou mais um exemplo de como o que acontece em um local específico dificilmente fica só ali. A era das redes sociais transforma tudo em manchete, e, às vezes, em lição.

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page