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[CRÍTICA] Wolf Man (2025): horror clássico com nova pele e velhos fantasmas

LUZ, CÂMERA, CRÍTICA! — Por Manu Cárvalho

Tragédia familiar do Wolf Man, ensina muito pela metalinguagem!
Tragédia familiar do Wolf Man, ensina muito pela metalinguagem! (Foto: Reprodução / Screen Rant)

Estreando em 16 de janeiro de 2025, Wolf Man apresenta uma releitura sombria e intensa do icônico O Lobisomem (1941). Com direção de Leigh Whannell (O Homem Invisível) e roteiro assinado por ele e Corbett Tuck, o filme atualiza o monstro clássico com camadas psicológicas e um clima sufocante de terror e suspense. A história mergulha o espectador em um drama sobre instinto, culpa e a perda de controle.


Sinopse: o horror que habita o homem

Christopher Abbott vive Larry Talbot, um homem marcado pela tragédia e pelo isolamento, que retorna à pequena cidade onde cresceu após a morte violenta de sua família. Conforme investiga o que parece ser um ataque animal, ele se vê consumido por visões, lapsos de memória e um medo crescente de que o monstro que causou a carnificina... seja ele mesmo.

Enquanto tenta reconstruir a relação com sua sobrinha Claire (Matilda Firth) e enfrenta o ceticismo da policial local Nora (Julia Garner), Larry percebe que algo mais primitivo está despertando dentro dele, e que pode ser tarde demais para contê-lo.

Terror simples e que acerta
Terror simples e que acerta (Foto: Reprodução / Nerdizmo)

Uma atuação visceral de Christopher Abbott em Wolf Man

Abbott entrega uma performance densa e marcante. Seu Larry não é apenas uma vítima da maldição: é um homem lidando com traumas profundos e um passado violento. A dualidade entre humanidade e selvageria é transmitida com expressividade e um desconforto que cresce a cada cena.


Julia Garner oferece um contraponto forte e empático como a policial Nora, enquanto Matilda Firth surpreende com uma atuação cheia de delicadeza e intensidade como Claire, a sobrinha assombrada pelo medo e pela esperança de redenção familiar.

Tensão que entrega o desespero pro espectador
Tensão que entrega o desespero pro espectador (Foto: Reprodução / MUBI)

Atmosfera opressiva e visual perturbador

Leigh Whannell conduz a narrativa com segurança. O ritmo, propositalmente cadenciado, constrói uma tensão constante. As cenas de transformação são brutais e realistas, com efeitos práticos que evitam o excesso digital e acentuam o horror físico.


A direção de fotografia investe em sombras e tons frios, criando um ambiente de permanente inquietação. A trilha sonora minimalista e o design de som – com estalos de ossos, respiração irregular e silêncios incômodos – são essenciais para imergir o espectador nesse universo tenso e introspectivo.


Temas: culpa, hereditariedade e controle

Wolf Man discute mais do que uma maldição sobrenatural. É uma história sobre o medo de si mesmo, sobre como a violência e a dor se propagam como herança invisível. Larry luta contra algo que ele sente crescer por dentro, algo que talvez sempre tenha estado lá.


A dualidade entre civilização e instinto é o centro do conflito. É um filme sobre controle – sobre perdê-lo, buscá-lo, e descobrir o que resta quando ele se vai.

Uma família quebrada mas com coração aberto para melhora!
Uma família quebrada mas com coração aberto para melhora! (Foto: Reprodução / Howard For Film)

O clássico revive com dentes afiados

Wolf Man honra suas origens e inova ao mesmo tempo. Assusta, emociona e convida à reflexão. Em um gênero saturado de sustos fáceis, Leigh Whannell entrega um terror que acredita no poder do silêncio, da sugestão e da dor real.


No fim, o horror de Wolf Man não está apenas na criatura. Está na ideia de que todos carregamos monstros que, um dia, podem querer sair.


Nota Final: ⭐⭐⭐½ (3,5/5)

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