Efeito Mandela, Canal quase ignorou: o 11 de setembro na televisão
- Ranielson Cambuim
- há 6 horas
- 2 min de leitura
24 anos da tragédia que abalou os EUA e o Mundo

Numa terça-feira que abalou o mundo, o centro econômico dos EUA entrou em colapso. Por volta das 8h46 da manhã, o Voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte do World Trade Center. Poucos minutos depois, às 9h03, o Voo 175 da United Airlines atingiu a Torre Sul. Foi um ataque terrorista orquestrado pelo grupo Al-Qaeda, liderado por Osama bin Laden.
Em poucos minutos o fato já era notícia nas maiores redes de televisão no mundo, inclusive no Brasil que gerou efeito Mandela - Fenômeno em que inúmeras pessoas partilha a mesma memória falsa sobre um fato ou evento que na realidade não aconteceu ou aconteceu de forma diferente e um canal que quase não transmitiu e até piadas.
A primeira emissora a noticiar o ocorrido foi a TV Globo que colocou no ar seu tradicional plantão às 10h02 apresentado por Carlos Nascimento e Ana Paula Padrão, âncoras do jornal hoje e jornal da Globo, que permaneceram durante 4 horas ininterruptas noticiando os acontecimentos, que renderam a emissora Carioca índices de até 60 pontos de audiência, a notícia não interrompeu o desenho Dragon Ball como muitas vezes é difundido, a programação no horário exibia o infantil Bambuluá de Angélica.
A segunda emissora a derrubar a programação foi o canal de Edir Macedo que juntou em sua transmissão nomes como Boris Casoy, José Luiz Datena, Mônica Waldvogel e Rodolfo Gamberini, a notícia rendeu números de 6 pontos na audiência do canal Paulistano.
Na contramão das duas emissoras, o SBT restringiu o acontecimento a um boletim jornalístico no intervalo dos desenhos animados transmitidos pelo canal de Silvio Santos, reservando a cobertura ao programa de Carlos Massa, o Ratinho. O apresentador Celso Portiolli foi o escolhido pelas redes sociais para ser alvo de piadas sobre a tragédia, grupos buscam humoristicamente incriminar ou defender o comunicador.
A história que ficou na memória de muitos não foi a cobertura factual, mas sim as lendas urbanas sobre desenhos animados e a viralização de piadas na internet. Fica claro que a memória coletiva muitas vezes se apega mais a detalhes curiosos e narrativas construídas do que à própria realidade