Globo faz 60, quem deu a volta por cima? Inspiração em Mexicana? E o fim de semana na Televisão
- Ranielson Cambuim
- 29 de abr.
- 2 min de leitura

É impossível começar a coluna desta semana sem reverenciar a história e o impacto da emissora que, mesmo sem os antigos 50 pontos de audiência, segue imbatível na liderança televisiva brasileira. Em celebração aos seus 60 anos, a TV Globo promoveu um verdadeiro mergulho em sua própria trajetória com 60 horas de programação especial, iniciadas no Globo Repórter apresentado por Sandra Annenberg. A edição recriou cenários icônicos, trouxe depoimentos emocionantes de grandes nomes do canal e reforçou a identidade da emissora como guardiã da memória afetiva do Brasil. Entre os momentos mais nostálgicos, o público se deliciou com o retorno do Vídeo Show especial e a reedição do Vídeo Game, comandado por Angélica, dois programas que vivem nos pedidos dos telespectadores para voltarem à grade.
No sábado, a novela das 19h Volta por Cima chegou ao fim deixando a desejar justamente naquilo que o título prometia: afinal, quem deu a tal volta por cima? A trama foi boa, mas faltou clareza no desfecho. A substituta, Dona de Mim, já gera expectativas e controvérsias. As chamadas destacam a jovem atriz mirim Elis Cabral, que interpreta Sofia, e trazem um clima que remete à novela mexicana Carinha de Anjo. Se a semelhança se confirma ou não, só os próximos capítulos dirão — mas a comparação já tomou conta das redes.
A semana televisiva também foi marcada por um acontecimento mundial: a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. As principais emissoras (com exceção da Record) transmitiram o funeral, mas algumas escorregaram em coberturas rasas e pouco informadas sobre a tradição católica, o que rendeu críticas dos fiéis. No domingo, Luciano Huck comandou um especial no Domingão homenageando as figuras históricas das tardes de domingo da emissora — algo impensável anos atrás, dada a forte concorrência interna entre programas e apresentadores. A Globo, com todos os seus altos e baixos, segue sendo protagonista da história da TV brasileira — e de nossas memórias.
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