Incêndio atinge Camelódromo da Uruguaiana e deixa comerciantes em desespero
- Manu Cárvalho
- 13 de jan.
- 2 min de leitura
Por Manu Cárvalho

Na manhã do último domingo, 12 de janeiro de 2025, o Camelódromo da Uruguaiana, um dos mais icônicos centros de comércio popular do Rio de Janeiro, foi tomado por um incêndio de grandes proporções. As chamas, que começaram por volta das 10h, destruíram centenas de boxes, espalhando desespero entre comerciantes e frequentadores.
Mobilização rápida e cenas de desespero
O incêndio mobilizou mais de 60 bombeiros de dez quartéis diferentes, que trabalharam arduamente para conter o fogo. A densa fumaça negra, visível de vários pontos da cidade, foi um símbolo do tamanho da tragédia. A área afetada, localizada entre as ruas dos Andradas e Senhor dos Passos, próxima à estação de metrô Uruguaiana, é um importante ponto de referência para o comércio popular carioca.
Apesar da gravidade do incêndio, felizmente não houve registro de feridos. No entanto, os danos materiais foram devastadores.

Comerciantes relatam perdas irreparáveis
Para comerciantes como William Sousa, dono do boxe 408, o impacto foi imediato e profundo. “Perdi 90% das minhas mercadorias. O prejuízo é de pelo menos R$ 20 mil. Agora é começar de novo”, disse ele, com os olhos marejados.
Laerte Silva, outro comerciante com mais de 20 anos de história no camelódromo, não conteve a emoção ao ver seu sustento transformado em cinzas. “Vamos viver de quê? Como vai ser agora? É daqui que tiro o sustento da minha família”, desabafou. Ele, como tantos outros, ainda não sabe o que sobrou de suas mercadorias ou se haverá algo para recomeçar.

Autoridades prometem reconstrução e apoio
O prefeito Eduardo Paes esteve no local poucas horas após o início do incêndio e prometeu apoio aos comerciantes. Ele se comprometeu a revitalizar o espaço, destacando que a reconstrução seguirá os moldes de outros projetos bem-sucedidos, como o Mercadão de Madureira, que também foi reconstruído após um incêndio.
A Defesa Civil interditou o camelódromo por tempo indeterminado, garantindo que as áreas afetadas serão devidamente periciadas para identificar a causa do incêndio. Enquanto isso, a incerteza paira sobre os mais de mil comerciantes que dependem do local para sobreviver. Muitos temem que o processo de recuperação seja longo e que não consigam voltar ao trabalho tão cedo.

Solidariedade emerge em meio à tragédia
O Camelódromo da Uruguaiana não é apenas um espaço de comércio, mas também um símbolo da cultura popular carioca. A tragédia deixou marcas profundas, mas também mobilizou a solidariedade da cidade. Associações de comerciantes e entidades locais já começaram a se organizar para ajudar os afetados, mostrando que, apesar das cinzas, a esperança e a força da comunidade permanecem vivas.
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