Mary Kay: 63 anos de história, negócios e o legado de transformação feminina
- Da redação
- 19 de set.
- 3 min de leitura
Há marcas que vendem produtos. Outras, vendem estilo de vida. Mas existem aquelas que atravessam fronteiras e décadas transformando não apenas a forma como nos vemos, mas como nos posicionamos no mundo. A Mary Kay chega aos seus 63 anos carregando esse último fardo — e também esse privilégio.
O início de uma revolução cor-de-rosa
Quando Mary Kay Ash fundou a empresa em 13 de setembro de 1963, seu objetivo era claro: criar um espaço de independência financeira para mulheres em uma época em que poucas tinham essa chance. A empresa nasceu pequena, em Dallas, no Texas, mas cresceu amparada pela ousadia de colocar mulheres no centro do negócio.
Hoje, seis décadas depois, o que começou como um projeto visionário tornou-se uma das maiores potências globais do setor de beleza, reconhecida como a marca nº 1 em venda direta de skincare e maquiagem no mundo (Euromonitor, 2025).
A chegadade Mary Kay ao Brasil e o impacto no empreendedorismo feminino
No Brasil desde 1998, a Mary Kay encontrou terreno fértil. Em um país onde, segundo o SEBRAE (2024), mais de 10 milhões de mulheres lideram negócios formais e informais, a proposta de consultoria em beleza se tornou não apenas oportunidade de renda, mas também uma escola de liderança e autoconfiança.
Segundo pesquisa interna da companhia, a Mary Kay lidera em satisfação geral das consultoras e é referência em bases, maquiagens faciais e para lábios na América Latina. Para além do batom e da base, a marca se posiciona como plataforma de capacitação: treinamentos, eventos presenciais e ferramentas digitais como o Mary Kay a Um Clique e o Skin Analyzer colocam tecnologia e conhecimento ao alcance das consultoras.
Negócio, propósito e responsabilidade social
Não se trata apenas de vender. O Instituto Mary Kay é prova disso: apoia sobreviventes de violência doméstica, crianças em vulnerabilidade social e financia pesquisas sobre o câncer em mulheres. Em fevereiro de 2025, a empresa promoveu em seu centro de pesquisa no Texas um encontro que reuniu jovens lideranças femininas, reforçando a missão de inspirar a próxima geração.
No Brasil, campanhas como o Movimento Rosa unem consumidoras e consultoras em uma rede que conecta independência financeira, autoestima e solidariedade.
“Celebrar mais um ano da Mary Kay é celebrar histórias de empoderamento, beleza e transformação,” afirma Vick Gallo, vice-presidente de marketing da marca no Brasil. “Somos orgulhosamente a marca nº 1 em satisfação das consultoras, e esse reconhecimento reflete não apenas a qualidade dos nossos produtos, mas o vínculo que construímos com cada mulher.”
O futuro que já começou
Com a força de mais de 60 anos de história, a Mary Kay se reinventa com programas de inovação digital, inteligência artificial aplicada à beleza e iniciativas sociais de impacto. Mais do que cosméticos, a marca oferece o que há de mais valioso no empreendedorismo: liberdade e autonomia.
No entanto, o desafio está posto. Em um cenário em que as mulheres ainda ganham, em média, 20% a menos que os homens (IBGE, 2024) e enfrentam barreiras estruturais no mercado de trabalho, será suficiente apenas capacitar e dar ferramentas, ou é preciso também questionar os sistemas que limitam?
A resposta pode estar na interseção entre consumo, empreendedorismo e consciência social. A Mary Kay, ao se reposicionar como movimento e não apenas como marca, levanta uma bandeira maior: a de que negócios feitos por e para mulheres não podem existir sem transformar realidades.
E talvez seja essa a lição de seis décadas: a beleza pode ser cor-de-rosa, mas o impacto precisa ser profundo, coletivo e duradouro.
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